Penúltima fase à vista

O tão comentado recorde de público das três divisões do Campeonato Brasileiro – 49.828 pagantes, no Fla-Flu da Série A – não foi quebrado… Ainda. Mas o da Terceirona, que era do próprio Bahia, sim.

Mais de 36 mil tricolores enfrentaram um fim de tarde de frio na capital soteropolitana e compareceram à Fonte Nova, neste domingo, para conferir o oitavo triunfo consecutivo da equipe. Marca jamais vista desde 2001.

Com um gol do promissor zagueiro Eduardo, aos 10 minutos do primeiro tempo, e outro do atacante Nonato, aos 40 do segundo, o Esquadrão despachou o Nacional de Patos e se isolou na liderança do Grupo 19. Os 100% de aproveitamento na segunda fase da Série C deixaram o time com nove pontos, contra seis do próprio Nacional e três do Atlético de Cajazeiras, que derrotou o lanterna Linhares, em casa, por três tentos a zero.

Com esses resultados, o Bahia não deve precisar mais do que de um ponto, nas últimas três rodadas, para avançar à terceira e penúltima etapa da competição. O próximo compromisso é domingo que vem, na Paraíba, diante do mesmo adversário alviverde. Se vencer, já se classifica.

Nos instantes finais da partida, 2 a 0 consolidado, a festa nas arquibancadas chegou a arrepiar. A galera aproveitou uma série de lances em que a bola parou, como faltas seguidas de atendimento médico, para cantar desde o Hino até o novo “Ê, eu vou pra Série B!” e “Eu te amo, meu Bahia, eu te amo!”. Também ecoaram em uníssono, claro, os já tradicionais “Sabe, eu sou Bahia…” e “Bahia minha vida, Bahia meu orgulho, Bahia meu amor…”.

A vitória foi mais difícil que a de quarta-feira passada. O oponente de Patos não é tão frágil quanto o Linhares. Mesmo assim, os comandados de Arturzinho jogaram para o gasto, sem praticamente terem a meta em risco. Leia resumo das jogadas escrito pela assessoria de imprensa azul, vermelha e branca:

“Logo aos 04 minutos, Danilo Rios fez ótimo lançamento para Nonato, que recebeu o passe dentro da área e no momento que iria marcar o gol, a zaga conseguiu cortar.

Aos 10 minutos, saiu o gol tricolor, em um escanteio cobrado por Cléber, Adilson cruzou e o talentoso zagueiro Eduardo marcou de cabeça. Bahia 1 x 0.

Quatro minutos mais tarde, o Nacional incomodou o goleiro Márcio, em uma cobrança de falta, que desviou na barreira, mas o arqueiro tricolor estava atento e praticou a defesa.

Aos 26 minutos, Danilo Rios, Adílson e Cléber construiram uma grande jogada, que culminou em um belo cruzamento na área para Nonato. A zaga paraibana conseguiu cortar, impedindo o que seria um golaço.

Quatro minutos depois, Cléber tocou para Danilo Rios, que chutou e o goleiro defendeu. Aos 35, Carlos Alberto levantou a bola na área e Alison quase marcou de cabeça.

Já nos acréscimos, Carlos Alberto cobrou uma falta com perigo e a bola bateu na rede, pelo lado de fora. A torcida chegou a comemorar.

Na volta do intervalo, o técnico Arturzinho não mexeu no time. Aos 08 minutos, em um contra ataque perigoso do Nacional, a bola passou perto, depois de um venenoso chute.

Aos 10, o inspirado Adílson cruzou com perfeição. Moré estava bem posicionado na área, mas errou o alvo na cabeçada. Aos 14, Cléber quase marca um gol olímpico, em uma cobrança de escanteio, pelo lado direito.

O técnico Arturzinho promoveu mudanças no time, colocando Elias na vaga de Danilo Rios, Charles no lugar de Moré, e Marcone substituindo o meia Cléber.

Aos 36 minutos, Emerson Cris mandou um forte chute, que passou perto do gol do Nacional.

Aos 39 minutos, o atacante Charles, que entrou bem no jogo, sofreu pênalti, cobrado com força e perfeição pelo artilheiro Nonato, que marcou seu 10º gol na Série C e seu 116º com a camisa do Bahia, empatando com Alencar, no posto de oitavo maior goleador do clube.

Da comemoração do gol até o fim do jogo, a torcida deu um show, saudando seus ídolos, que retribuiram, com palmas e beijos no manto sagrado tricolor. Um dos mais festejados foi o volante Fausto, que fez uma partida muito boa”.

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