Permanência de goleiro é incerta para próximo ano

A dor do rebaixamento para afetou os tricolores indistintamente. Mas, por certo, poucos sentiram tanto o golpe quanto Emerson, presente há seis temporadas no Fazendão. A agonia do goleiro ainda não passou. A condição de maior ídolo da história recente do Bahia não é suficiente para que a direção do clube lhe dê uma posição mais concreta sobre seu futuro.

Emerson tem contrato até o final do ano. Ele é um dos três jogadores sem vínculo federativo com o clube que ainda não acertaram a rescisão – os outros são o volante Fernando Miguel e o centroavante Viola. O goleiro revela o desejo de continuar. Atuar na Terceirona não seria motivo para impedir renovação contratual. “Toparia jogar a Série C, mas tudo depende da diretoria que assumir o clube após as eleições. Até agora, não fui procurado pela atual direção”, pondera.

Após a decisão do clube de colocar os juniores para disputar a Taça Estado, a rotina do goleiro não se altera. No período da manhã, bate ponto no Fazendão, apenas treinando. À noite, assiste às aulas do curso de administração de empresas – ele está no primeiro semestre. Dura realidade para quem se acostumou a ser aplaudido pela torcida.

Emerson integrou as formações responsáveis pelas últimas alegrias e conquistas do Bahia. Campeão baiano, em 2001, e bicampeão do Nordeste, em 2001/2002, ele sofre as conseqüências do novo quadro. “Está tudo muito triste no Fazendão, algo bem diferente daqueles anos vitoriosos. Espero que o clube se reestruture e volte a alegrar a torcida, que anda revoltada”.

Antonio Garrido, diretor de Futebol do Bahia, não fala com todas as letras, mas a dedução é que o goleiro de 34 anos está fora dos planos. “Emerson é um bom rapaz, é ótimo goleiro e já mostrou que é Bahia. Mas precisamos analisar com cuidado a questão salarial. Como ele tem contrato até dezembro, temos mais de dois meses para conversar”.

A Tarde On Line (Adaptado)

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