A partida que marcou a estréia do boicote aos jogos do Bahia no Estadual não registrou o pior público da história da Fonte Nova. Mas chegou bem perto disso. O resultado foi um estádio praticamente às moscas, com o anel superior – interditado para obras da Sudesb – dando o tom desértico de um centro esportivo sem os tradicionais batuques, faixas e gritos das torcidas.
Dos 10 mil ingressos trocados através do programa “Sua Nota É Um Show”, mais de 60% “morreram” nas mãos dos cambistas. Apenas 197 pessoas pagaram para assistir ao sofrível triunfo sobre o Camaçari. Para se ter idéia do esvaziamento, o número é bem menor que o registrado na despedida tricolor na Segundona de 1999, contra o Vila Nova, no dia 12/12, quando o time não tinha mais chances de acesso. Porém o borderô computou 543 pagantes.
Comparando com a estréia do Esquadrão em casa, no Estadual do ano passado, a platéia desta quarta-feira é quase sete vezes menor. No dia 11 de janeiro de 2006, o Bahia empatou sem gols com o Juazeiro diante de 1.292 pagantes, além dos 10.375 bilhetes do vale-show. Na Série C, o pior público foi na última partida antes da punição dos portões fechados, em 12 de novembro, no Jóia da Princesa, que recebeu 585 pagantes mais 9.922 do vale-show.
O jogo teve menos gente até do que no Bahia 10×1 Camaçariense, pelo Baianão de 2005, logo após a equipe ter levado 6 a 2 do Vitória, no Barradão. Naquela oportunidade foram contabilizados 336 pagantes mais 12.000 do vale-show. No campeonato de 2004, o menor público na Fonte Nova foi contra o Atlético de Alagoinhas: 2.257 pagantes.
A quantidade de pessoas de ontem só não “ganha”, na história recente, para justamente outro confronto com o Camaçari, pelo Baianão passado, quando somente 185 pagaram ingresso nos guichês do Octávio Mangabeira. Isso aconteceu no dia 2 de abril, na abertura do Segundo Turno, depois de o Tricolor ter sido eliminado pelo Ceilândia, na Copa do Brasil, e pelo Colo-Colo, nas semifinais do turno anterior.
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