A Polícia Federal realizou ontem na Assembleia Legislativa da Bahia e em 11 outros locais do Estado uma operação com o objetivo de recolher provas que apontem a existência de um esquema de contratação de servidores fantasmas para desvio de verbas públicas.
O alvo da operação, chamada pela PF de “Detalhes”, é o deputado estadual Roberto Carlos Almeida Leal (PDT), também presidente da Sociedade Desportiva Juazeirense –clube de Juazeiro, reduto eleitoral do parlamentar, no norte do Estado, e hoje rival do Tricolor.
Apesar disso, o técnico Haroldo Moreira diz que o clima político não vai influenciar a equipe.
A folha salarial do “Cancão de Fogo” é de R$ 100 mil mensais e 28 atletas no elenco.
Roberto Carlos é acusado de peculato, formação de quadrilha, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro. De acordo com a investigação, que dura dois anos, entre 2008 e 2010, durante o primeiro mandato – ele está no segundo -, o parlamentar contratou assessores inexistentes, com salários entre R$ 3 mil e R$ 8 mil, e desviou os vencimentos para as próprias contas bancárias, para a conta da mulher e para a de um filho.
Sessenta agentes participaram da operação de busca de provas, que teve início às 5 horas. Os mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em Brasília, foram cumpridos no setor de Recursos Humanos e no gabinete do deputado na Assembleia, nos imóveis dele, no posto do Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC) de Juazeiro – onde trabalha uma mulher listada como assessora do parlamentar – e nas casas de oito outros supostos assessores.
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