Presidente encontra, mas não ouve membros da RT

Deu em nada o encontro entre o grupo de torcedores Revolução Tricolor e o presidente do Bahia, Marcelo Filho, na tarde desta segunda-feira. O dirigente mostrou-se irredutível em seus planos retrógrados de reforma do estatuto do clube.

“Ele está irredutível em manter o filtro no Conselho para que se tenham apenas dois candidatos para a eleição para presidente. Também quer manter que apenas um terço do Conselho seja mudado”, disse um dos líderes da Revolução Tricolor, Leandro Fernandes, ao repórter Éder Ferrari, do Bahia Notícias.

Marcelo Filho não esclareceu as regras para as eleições do conselho, tampouco entregou a ata da última assembléia geral de sócios que aprovou a proposta de desapropriação da sede de praia pela prefeitura de Salvador. De quebra, Marcelinho ainda apresentou a proposta de vitaliciedade no conselho para os que já o presidiram, ou seja, uma forma de perpetuar a presença do atual presidente do órgão, Ruy Accioly.

Ou seja, o discurso e os argumentos do Revolução Tricolor para o dirigente entraram por um ouvido e saíram pelo outro. Entre outras coisas, o RT prega que as próximas eleições para presidente sejam mais democráticas e não entre dois candidatos escolhidos por um conselho comandado pela atual diretoria.

A posição de Marcelinho é uma demonstração clara de que esta suposta reforma do estatuto é apenas para “inglês ver”, já que o novo regimento apresenta mecanismo que obviamente visam manter o continuísmo na gestão do clube de um grupo que há anos só colhe derrotas e humilhações.

Mostra também a inflexibilidade e a demagogia de um presidente que faz jogo de cena ao receber o Revolução Tricolor, mas mantém a velha postura ditatorial de uma cartolada que se eterniza no poder, ao passo que o Bahia, sob suas rédeas, caminha a passos largos para a reedição da maior humilhação de sua história – a volta à Série C.

Clique aqui e saiba tudo sobre a Série B 2009