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Historico
Publicada em 3 de outubro de 2007 às 00:34 por Da Redação

Hoje é daqueles dias em que o torcedor vai cansar de ouvir velhos bordões do futebol. Porém, não será “apenas” toda uma temporada que estará em jogo, mas – verdadeiramente – os 76 anos de história do Esporte Clube Bahia.

Não se trata de mais um desses alardeados duelos “de vida ou morte”, mas um de sobrevida ou morte. Se não conseguir ao menos empatar com o ABC, e o Rio Branco vencer o lanterninha Fast, simultaneamente, às cinco da tarde, o tricolor praticamente vai dar adeus, de novo, ao sonho do acesso.

Vale bater na madeira. Porque aí, meu caro leitor, seria o caos total. Já deficitário, com um rombo confessado em quase R$ 60 milhões, o Bahia dá sinais de que não suportaria jogar a Série C pela terceira vez. Vale bater na madeira.

Torcedor-símbolo do clube, o já folclórico Binha de São Caetano vai além. A cada programa evangélico que passa na TV, ele coloca o nome dos jogadores da equipe em cima do aparelho de sua casa. “Fico orando por eles, para Deus abençoar eles”, conta, confiante.

Binha, que viajou de avião ontem à noite rumo a Natal, ao lado de três amigos, aposta no triunfo azul, vermelho e branco por 1 a 0 no Frasqueirão. “Sem Nonato (suspenso), o gol será de Moré”.

“Em todos os estádios em que o Bahia joga pelo Brasil sempre tem torcida nossa. Agora, não será diferente”, diz, com autoridade de quem só perdeu os compromissos tricolores no Amazonas e no Acre em toda a Terceirona. No Rio Grande do Norte, lembra de ter comparecido ao Machadão numa partida contra o América local, pelo Campeonato do Nordeste.

MALA-PRETA – Ciente de que a situação é de alto risco, e de que todo cuidado é pouco, a diretoria planeja compensar os amazonenses do Fast por uma vitória sobre os acreanos do Rio Branco, em casa. Depois de o “eterno” presidente Paulo Maracajá falar que enxerga a hipótese com bons olhos, ontem o atual Petrônio Barradas declarou, ainda no aeroporto: “Se conselheiros ou sócios fizerem isso, o clube não tem nada contra”.

O embarque aconteceu às 10h55, logo após treino tático no Fazendão. Única dúvida na escalação do técnico Arturzinho, o volante Emerson Cris trabalhou em separado. No entanto, viajou.

Vetado na derrota do último domingo, o capitão confessa seguir sentindo uma dorzinha residual. “Mas como é decisão…”, comentou, dando sinais de que não vai abrir nova brecha ao criticado Humberto. O pensamento é idêntco ao do atacante Charles, que deixou a Arena da Floresta aos vômitos, porém possui vaga garantida.

Além dos onze titulares, o comandante terá Sérgio, Cléber Carioca, Humberto, Elias, Danilo Gomes, Harley e Amauri no banco de reservas. O lateral Ávine e o frente-de-zaga Marcone terminaram cortados da relação inicial.

Será a 16ª oportunidade em que o Bahia vai atuar na capital potiguar. A primeira foi no distante ano de 1946, um amistoso, quando enfiou 4 a 0 no próprio ABC. Na última, em 2001, derrotou o rival alvinegro América, por 4 a 1. Ao todo, venceu seis, empatou sete e só perdeu dois jogos.

Matéria publicada originalmente, por esse mesmo autor, na edição desta quarta-feira 03/10/2007 do suplemento A Tarde Esporte Clube

Leia também: ABC x Bahia – Ficha Técnica

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