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“Projeto é sério”, rebate um de seus gestores

Notícia
Historico
Publicada em 13 de maio de 2004 às 14:50 por Da Redação

Um dos gestores da denominada “Espectáculo”, Jorge Roque Lyrio, revela que quase não acreditou quando encontrou a sede de praia tricolor disponível. A localização e a facilidade para obtenção de alvará de funcionamento também contribuíram para a escolha do espaço. “A área é privilegiada, na orla da cidade. Não teremos problemas com a prefeitura, no que se refere à sonorização, já que a sede não tem vizinhos próximos. Acredito que faremos bastante sucesso, pois o projeto é sério”, salienta.

Ele considera que a casa de shoiw virá suprir uma carência do mercado baiano. Para ele, a Bahia tem uma grande produção musical, mas não conta com espaços apropriados para grandes eventos.

O empresário pondera que as áreas para shows são, em geral, improvisadas. Ele diz que a nova casa seguirá o conceito da “grandiosidade sem frescura”, com capacidade para atrair eventos diversos: “Nosso poder aquisitivo não permite que se tenha aqui um Credicard Hall, como em São Paulo, com ingressos a R$ 70. Mas nosso espaço foi bem pensado e vai agradar ao público baiano, que é exigente”.

APAGANDO PITHON DA HISTÓRIA
A construção da sede de praia da Boca do Rio passou por três grandes etapas. O amplo casarão foi a primeira delas. A inauguração aconteceu em 13 de janeiro de 1970, na gestão do presidente Pedro Pascásio de Oliveira, sendo Antônio Clínio da Costa o diretor de Patrimônio. Atualmente, ocupa uma área de 28 mil metros quadrados.

Um período de planos de expansão incluíam a construção de um estádio tricolor. O sonho não saiu da maquete, mas poderia ser retomado, se o Bahia não preferisse fazer da Fonte Nova a sua casa.

Foi durante a longa presidência de Paulo Maracajá que a sede praiana ganhou ar de grandiosidade. Inclusive, o espaço foi batizado com seu nome. Em 6 de setembro de 81, foram inauguradas as quadras poliesportivas e a piscina. “Essa piscina é motivo de orgulho para o clube, pois é uma das únicas no Estado a ter medidas olímpicas”, pontua o ex-cartola.

O ginásio de esportes foi a outra obra de vulto inaugurada por Maracajá, em 15 de outubro de 86. A solenidade contou até com a presença do governador João Durval, pois fez parte da campanha política do grupo carlista, como se convencionou denominar os seguidores do atual senador Antonio Carlos Magalhães.

A imprensa esportiva de meio impresso da época era menos resistente a este tipo de pauta de campanha e noticiou com alarde a inauguração, que teve objetivos claramente político-eleitorais.

O equipamento ganhou o nome de Antônio Pithon, que integrava a diretoria tricolor. Talvez por ser opositor da atual direção ou reflexo do rebaixamento do time para a segunda divisão nacional, em 97, quando era presidente, seu nome foi retirado da fachada do ginásio.

TIME BEM, MENSALIDADE EM DIA
É possível contar nos dedos os exemplos de clubes sociais que ainda sobrevivem no Estado. Os que não faliram, como o Clube Português, estão à míngua, especialmente por conta de impostos atrasados. Com o Bahia, não é diferente. A sede de praia do tricolor é um autêntico ralo de dinheiro.

O superintendente Rui Accioly, responsável pela administração do local, não soube estimar quanto é o gasto para manter a sede. Mas admitiu que é bastante alto. Ele disse que uma série de parcerias diluiram um pouco as despesas.

Os responsáveis pela gerência da Espetáculo vão arcar com os gastos de luz, água, limpeza e outros itens naquele espaço. Da mesma forma, foram firmadas parcerias para exploração do restaurante e do campo de grama sintética da sede de praia. São despesas a menos para o Bahia.

A receita proveniente do quadro social é quase irrisória. Segundo Accioly, há no máximo mil sócios em dia, incluindo os 300 conselheiros, que pagam R$ 15 por mês. Por esse levantamento, o clube arrecadaria R$ 15 mil mensais.

SEM INTERESSE – O pagamento em dia varia de acordo com a fase do time em campo. A grana arrecadada com as mensalidades é diretamente proporcional aos gols e títulos conquistados. “Nosso melhor momento foi após o título nacional de 88, quando tivemos 9 mil sócios em dia”, diz Accioly.

É covardia comparar a realidade baiana com a da Espanha, mas só pra ter uma idéia, o Barcelona possui mais de 120 mil sócios, todos rigorosamente em dia. Essa receita permite ao clube espanhol, fundado em 1899, se dar ao luxo de jamais ter anunciado o nome de patrocinadores na camisa do time. Além de sempre ter craques internacionais no elenco.

A Tarde (Adaptado)

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