Com objetivo de minimizar o abismo financeiro que o separa de seus concorrentes, o Bahia resolveu entrar em um novo modelo de negócios para reforçar os investimentos no clube. Nas cotas de TV principal fonte dos clubes–, por exemplo, clubes do Sul/Sudeste chegam a arrecadar cinco vezes mais que o Tricolor.
Nesta quarta-feira, em evento realizado no auditório do Edifício Mundo Plaza, no Caminho das Árvores, o clube anunciou uma espécie de fundo de investimentos. Sob a alcunha de Projeto de participação em direitos econômicos de atletas de futebol profissional, o plano consiste na criação de uma companhia formada por pessoas ou empresas interessadas em investir em jogadores do clube.
A apresentação ficou por conta de Gerson Sá e Vantuil Gonçalves, sócios-diretores da empresa MFD Sports, que ficará responsável pela consultoria e estruturação do projeto. A empresa é responsável, também, por sistema semelhante implantado desde 2009, no Botafogo, além do Flamengo, que está em fase de implantação.
Para o projeto, será criada uma empresa com prazo de validade (cerca de 5 anos), que começa com a captação de recursos de investidores e termina com a divisão dos lucros, com a cota de investimento pré-determinada. No caso do Tricolor, serão 20 cotas de R$ 500.000, perfazendo um investimento total de 10 milhões de reais.
O recurso total poderá ser aplicado em contratações de novos jogadores ou em jogadores da própria divisão de base do clube, que aplicaria esses recursos na sua manutenção. O compromisso é que o atleta fique no clube por um período mínimo (cerca de um ano) antes de ser vendido.
A companhia criada a qual o clube não é sócio, nem tem responsabilidade jurídica sobre a mesma– terá um comitê com participação de 3 membros, escolhidos entre os investidores, que serão responsáveis pelas decisões relativas a negociação desses atletas junto ao Bahia.
As indicações de jogadores preferencialmente entre 18 e 26 anos– partirão do próprio clube, cabendo ao respectivo comitê a decisão da contratação/investimento. À empresa MFD, caberá apenas o papel de fornecer o parecer técnico, recomendando ou não a negociação.
Segundo o vice-presidente Valton Pessoa, o clube já teria ao menos quatro nomes a indicar para o fundo, caso seja concretizado.
Após a negociação dos referidos jogadores, anualmente apura-se o lucro obtido pela companhia, distribuindo-se entre os investidores (60%), clube (20%) e MFD Sports (20%). Dentre os riscos envolvidos no investimento, estão a capacidade técnica do atleta, possibilidade de lesão e falta de interesse de compradores.
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