Ramos acusa direção de tentar “queimar seu filme”

Confirmado no time que enfrenta o Goiás, o volante Ramos não esconde a sua alegria. Mas, sem meias palavras, aproveitou para ligar a metralhadora giratória, desabafando contra a fase de ostracismo que passou no elenco ao longo deste ano.

Nem o técnico Evaristo de Macedo (que comandou o time em 2001, quando o atleta foi contratado) escapou. Segundo ele, o Evaristo da atual temporada estava bastante mudado “aceitando, sem contestar, a atual política do clube de valorizar os jogadores das categorias de base, em detrimento dos atletas de fora”, disparou.

Ramos lembra que essa decisão deixou-o sem prestígio na equipe, servindo apenas para tapar buraco. “Até alguns dirigentes falaram mal de mim para o Lula Pereira, dizendo que eu estava desmotivado e que não servia para jogar no time”, declarou o frente-de-zaga, sem identificar os cartolas.

O cabeça-de-área também disse que a forma de trabalho implantada no início do ano, com Candinho, Bobô e depois Evaristo, contribuiu para uma supervalorização de alguns, enquanto outros ficaram relegados, como ele. “Acho que terminaram queimando etapas e agora o time tem que recuperar os pontos perdidos, estando numa situação delicada”, contestou.

Contratado junto ao Juventus-SP, Ramos se diz magoado com o fato: “Mas agora o professor Lula Pereira já garantiu que joga quem estiver melhor, não importando se o jogador é novo ou velho, tem fama ou currículo, ou se é da casa ou de fora”.

Ele garante que sua motivação voltou com a chegada do novo treinador, que já o apelidou carinhosamente de “meu Sem Teto” por estar sempre tentando ocupar um espaço.

“Ele vai jogar porque tem treinado muito bem e correspondeu contra o Paraná, quando entrou de primeira e fez uma bela partida”, comentou Lula.

A Tarde (Adaptado)

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