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Rebaixado no rival, Júnior diz que equipe não cai

Notícia
Historico
Publicada em 3 de novembro de 2011 às 22:01 por Da Redação

De Ricardo Palmeira, para o jornal A Tarde desta quinta-feira:

`A vida de Júnior mudou radicalmente. Afinal, ele virou a folha na maior rivalidade do Estado. Até seu apelido agora é outro. Deixou de ser o Diabo para virar o Anjo Loiro. Pois assim tem sido a trajetória deste cearense de 35 anos em Salvador. Em 2010, foi destaque no Vitória. Agora, tem ganhado a confiança da torcida do Bahia. Mesmo reserva, já marcou cinco gols nesta Série A. No entanto, a história do atacante pode ter o mesmo trágico fim: o rebaixamento. Por isso, Junior garante que lutará até o fim para evitar a queda tricolor.

Está confiante na permanência do Bahia na Série A?
Nós temos que estar confiantes! Este é um grupo experiente, que tem condições de se livrar do rebaixamento. É uma situação inédita para a maioria. Quase nenhum os jogadores aqui caiu de divisão. Agora, para mim, não, né? E, pelo fato de já ter ocorrido comigo no ano passado, posso dizer que vou lutar muito para que o fim da história seja outro. E acredito que vai ser, até porque a situação neste ano é completamente diferente da que vivi no ano passado. O problema é que a ansiedade, às vezes, atrapalha. Mas temos de ter calma. Faltam poucos pontos, acho que uns seis ou sete, para a gente se livrar de vez do risco de queda.

Os jogadores estão ficando muito ansiosos nesta reta final de campeonato?
Pois é! Ficou uma ansiedade no ar. A gente passa a semana toda olhando a tabela e fazendo contas. Talvez esta ansiedade tenha feito com que os resultados positivos não acontecessem. Mesmo assim, eu não acho que seja este o fator que tem atrapalhado mais. Dentro de campo, nós esquecemos tudo e focamos apenas na vitória. Eu mesmo, que estou no banco, sinto uma ansiedade muito maior do que os que estão jogando.

Você foi rebaixado em 2010 pelo Vitória. Um ano depois, pode ser pelo Bahia. Não teme ficar marcado por isso?
Ninguém quer ser rebaixado, mas, para mim, claro, existe um peso um pouco maior. Contudo, são situações muito diferentes. Estou em outro clube, em um outro momento no campeonato… Estou também mais experiente, um ano mais velho (risos). É um outro contexto. Aqui, no Bahia, eu tenho plena convicção que isso, de rebaixamento, não vai acontecer.

Qual a experiência que você absorveu de 2010 e que pode ser útil ao Bahia neste momento?
Em 2010, foi o meu primeiro ano aqui no Brasil (Júnior deixou o País em 1999). Era uma situação nova. Agora, em 2011, foi o ano de eu voltar a Salvador e jogar mais um Brasileiro. Já sei o que é peso de um rebaixamento e não quero nunca mais sentir isso de novo. Porém, como eu disse, são situações muito diferentes. O Vitória do ano passado era, por exemplo, muito parecido com o Ceará (time que Júnior defendeu no primeiro semestre) deste ano. Fez um excelente primeiro semestre, mas desandou no segundo. Lembro que vivíamos uma ansiedade muito grande em disputar a final da Copa do Brasil. Aí, no Brasileiro, chegamos desgastados e fomos caindo de produção. Já o Bahia deste ano, mesmo aos trancos e barrancos, tem melhorado no segundo semestre. O time tem jogado bem. Mesmo perdendo, sai de campo de cabeça erguida. Houve vezes que a arbitragem nos prejudicou, em outras, nos faltou sorte… O problema é que o Bahia foi montando a equipe ao longo do campeonato.

Isso demanda tempo para um acerto em campo?
Veja os times que fazem grandes campanhas no Brasileiro. Todos jogam juntos há muito tempo. Pelo menos, desde o início do ano. Porém, aqui no Bahia, mais de 10 jogadores chegaram com o campeonato já em andamento. Mesmo assim, montamos um grupo forte, no qual todos se gostam e estão prontos para tirar o clube desta situação.

Um dos problemas que o time vem passando é a escassez de gols. O que fazer para mudar esta situação?
Se quisermos jogar para ganhar, temos que pensar em ferir o adversário. Em Pituaçu, temos que ir para cima deles. Contra o Vasco, por exemplo, isso não ocorreu. Eu, quando entro em campo, entro para brocar, para meter gol. E, às vezes, é isto que falta a nós, jogadores: mais agressividade.

Você já conseguiu superar a resistência da torcida quanto às provocações que você fez quando defendia o Vitória?
Com certeza. Só no início, nos meus dois primeiros jogos em casa, senti um certa resistência. Não me trataram mal, mas eu via os torcedores receosos e calados comigo, todos sem saber do que iria acontecer. Mas, hoje, até fora de campo, vejo o apoio e o carinho da torcida. Mesmo assim, sei que ainda não fiz metade do que eu posso e quero fazer pelo clube. Estou treinando forte e focado em evitar o rebaixamento. O que eu puder fazer pelo Bahia, clube que me acolheu, eu vou fazer. Seja com gols, com carrinho, com marcação… Quero retribuir todo o carinho que recebo.`

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