Paulo Roberto Falcão, 58, prestes a ser oficializado como o novo comandante do Bahia, voltou a ser treinador na temporada passada, quando abandonou uma carreira de quase 15 anos como comentarista da Rede Globo. Relembre frases e momentos do ex-jogador ao longo de 2011:
O COMEÇO
No dia 10 de abril, ele assumiu o Internacional, onde foi campeão brasileiro em 1975, 1976 e 1979. Ao ser apresentado no Beira-Rio, declarou:
“Como homem de imprensa, por ser muito profissional, eu era remunerado para dar opinião, para elogiar e criticar, mas era aquela minha função, era para isto que era pago. Hoje, isto muda, com todo respeito às pessoas da imprensa, mas eu hoje estou do outro lado. Não quer dizer que tem que ser contra, mas estou do lado dos atletas e da instituição, do Inter”.
“Sempre disse o seguinte: temos que respeitar a história, mas a história não escala ninguém, quem escala é o momento. A minha responsabilidade é grande. Tenho história nesse clube que ninguém vai apagar. Tem dois objetivos: ser campeão e bater recorde de ficar no time. Vamos ver se a gente consegue”.
O DURANTE
Falcão chegou a se estranhar com alguns repórteres em entrevistas coletivas.
Uma coisa me incomodou muito. Disseram que eu ia trocar o Bolívar de capitão. Não sou burro e, se fosse minha intenção, eu não diria. Não vou admitir invenções no vestiário, não sei de onde saiu. Cheguei a ligar para um programa e dizer que não era verdade.
O DEPOIS
A demissão no Colorado, apesar do título gaúcho, termina acontecendo após a eliminação nas oitavas de final da Libertantes ante o Peñarol-URU, que chegaria à final contra o Santos, e depois de uma série de três derrotas no Brasileirão. Ele não se conformou.
“Foi muito surpreendente isso para mim. Não cheguei a pensar em absolutamente nada. Vou deixar [o tempo] passar um pouquinho. Daqui a uns quatro ou cinco dias eu posso dizer alguma coisa. Preciso pensar”.
“Antes da assinatura do contrato, eu tinha uma ideia de que o Inter deveria contratar jogadores. Ainda do lado de fora, eu também achava que era preciso. Isso foi prometido para mim e não aconteceu. Saio insatisfeito. As coisas deveriam caminhar diferente.”
“Depois dessa demissão, [a relação com a torcida] ficou ainda mais forte. O momento não era para demissão”.
“O Inter não foi aventura. Era a melhor maneira de recomeçar [a carreira de técnico]. A ideia era ficar muito tempo. Estava preparado. Mas coisas aconteceram diferente”.
O RECENTE
No final de novembro, Falcão viajou à Itália para realizar um intercâmbio com outros treinadores.
“A minha ideia é essa. Essa semana ficarei aqui. Sempre achei interessante esse tipo de intercâmbio. Já tinha feito isso no Brasil, antes de treinar o Internacional. Conversei com vários treinadores. Vou esquecer alguns nomes, mas falei com o Mano, o Muricy, o Felipão, o Paulo Autuori. Foram vários. Era a época do Mundial da África [em 2010].”
Ele acompanharia a partida entre Milan e Barcelona pela Liga dos Campeões da Europa.
“Meu objetivo é conversar, trocar ideias e, tendo a possibilidade de ver um jogo deste, não dá para não deixar de ir. Já tinha visto o Milan, mas esse Barcelona só vi jogar pela televisão. Agora vou ver no estádio.”
Falcão afirmou que, durante a semana, se encontraria com o treinador Arrigo Sachi (ex-seleção italiana). Ele também tentaria conversar com Cesare Prandelli, atual técnico da Itália.
“O Arrigo Sachi, na minha avaliação, foi quem mudou a estrutura do futebol italiano à medida que ele usou duas linhas de quatro com dois à frente [referindo-se ao sistema táticio].”
Depois, Falcão viajaria para a Espanha em busca do português José Mourinho, do Real Madrid.
“Há dois anos, eu fui fazer uma matéria, para o jornal em que eu trabalhava, a `Zero Hora`, com o Mourinho. Nos falamos muito rápido e ele disse que a hora que eu quisesse poderíamos conversar mais. Ele disse que adorava o Brasil e que queria saber como o pessoal treinava. Ficamos de conversar mais tarde, e agora fechou”.
PLANOS PARA 2012
Falcão declarou que pretendia voltar a comandar um time no começo do ano.
“É para poder fazer uma pré-temporada. Montar a estrutura do meu jeito. Montar um time, e não pegar no meio de um campeonato. Tive convites quando sai do Internacional, mas times em situações complicadas”, disse, sem revelar os nomes dos clubes.
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