Na etapa classificatória, Bahia e Marília se encontraram na 3ª rodada. Confira a notícia que publicamos na época, às 22h22min do dia 4 de maio, intitulada “Enfim, Tricolor de Aço vence na Série B”:
Apesar da campanha sofrível que o clube vinha fazendo, quase 12 mil apaixonados compareceram à Fonte Nova na noite desta terça-feira e viram o Bahia desencantar na Segundona. Ao derrotar o Marília por 2 a 0, a equipe subiu na tabela, quebrou o tabu de exatamente um mês sem vencer e deu um pouco de alívio à sua torcida.
E foi com muito sofrimento que o Tricolor faturou seu primeiro triunfo na Série B. Mal na etapa inicial, o time melhorou no segundo tempo, quando teve oito atletas das divisões de base em campo. Nos 15 minutos finais, fez dois gols e saltou do 17º para o 9º lugar, com quatro pontos ganhos em três jogos.
Os 45 minutos iniciais do confronto foram de péssimo futebol, principalmente por parte do Bahia, que não tinha qualidade, inspiração e, em alguns momentos, até transpiração. Os comandados de Vadão não chegaram uma vez sequer com grande perigo ao gol de Marcelo Cruz. O máximo foi reclamar de um pênalti sofrido por Ari.
O MAC também não esteve bem. Criou apenas um lance agudo, aos 20, quando o atacante Wellingtom Amorim ficou cara-a-cara com Márcio, que salvou o Esquadrão. Antes, o veterano Sorato havia assustado depois de um chute da entrada da área.
Pressionado, o técnico Oswaldo Alvarez arriscou logo no intervalo e substituiu Galeano por Ernane, tornando a equipe mais ofensiva. Não deu muito resultado. A partida ficou truncada até os 25 minutos, momento em que árbitro anulou um tento dos paulistas. Anderson Lobão subiu com Neto e cabeceou para o gol vazio, na saída errada de Márcio. Porém o juiz interpretou que o zagueiro tinha sido empurrado.
O Tricolor só mudou realmente sua postura e equilibrou as ações no meio-campo com as entradas de William e Bruno. Saíram Daniel Mendes (fraca atuação) e Elivélton (que parecia ainda não ter se recuperado 100% de sua contusão).
Quando a torcida, com toda razão, já não tinha mais paciência para nada, xingava o presidente Marcelo Guimarães e não perdoava qualquer recuo de bola, a sorte, que tanto faltou nas rodadas anteriores, apareceu em forma de gol. Ernane cruzou da direita, Neto Potiguar desviou, William cabeceou, a bola bateu na trave e foi rolando pela linha. Mas o primeiro, que não desistiu do lance, correu e conseguiu pegar o rebote, empurrando para as redes.
O gol acendeu o time, que passou a ter o incentivo das arquibancadas. Aos 34, o Marília teve o meia Juninho expulso. Na seqüência, em nova jogada pela direita, William mandou rasteiro à pequena área, Bruno tocou de letra e o goleiro rebateu. Oportunista, Robson foi rápido para a sobra e deu números finais ao marcador, assinalando o tento responsável pela paz no Fazendão.
Quer dizer, ao menos até o embate contra o Ceará, dia 16 de maio, às 11 horas da manhã, no Castelão, em Fortaleza.
FICHA TÉCNICA
04/05, 20h30
Local – Fonte Nova, Salvador-BA
Bahia – Márcio, Neném, Neto, Valdomiro e Elivélton (Bruno); Henrique, Galeano (Ernane), Ari e Robson; Daniel Mendes (William) e Neto Potiguar. Técnico: Oswaldo Alvarez
Marília – Marcelo Cruz, Bruno Ribeiro (Alexandre), Romildo, Wlademir e Cássio; Leandro Ávilla, Juninho, Fumagalli e Éder; Sorato (Anderson Lobão) e Wellington Amorim (Wesley Oliveira). Técnico: Flávio Lopes
Gols – Neto Potiguar (31min do 2º tempo) e Robson (35 do 2º)
Árbitro – Jamir Carlos Garcez (DF)
Cartões amarelos – Ari e Neném (Bahia); Romildo, Cássio e Bruno Ribeiro (Marília). Cartão vermelho – Juninho (Marília)
Renda – R$ 86.772,50
Público – 11.628 pagantes
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