é goleada tricolor na internet
veículo informativo independente sobre o esporte clube bahia

Relembre o inesquecível 5×0 pelo Brasileiro de 81

Notícia
Historico
Publicada em 8 de junho de 2005 às 16:21 por Da Redação

Ao falar sobre o confronto desta sexa-feira, logo vem à cabeça o que ocorreu no Brasileirão de 1981. Mais do que maior duelo entre as equipes, a partida está na galeria de jogos inesquecíveis da história do Tricolor de Aço.

O time do então técnico Aymoré Moreira disputava a Segunda Fase do certame, caindo num grupo em que estavam Corinthians, Ponte Preta e Santa Cruz. Pela combinação de resultados e após ter levado 4 a 0 dos pernambucanos no Recife, o Bahia precisava golear o Santa por uma diferença de cinco gols na Fonte Nova, na última rodada, para se classificar.

Além da grande rivalidade entre os Estados pela hegemonia do futebol do Norte-Nordeste, o adversário – que já havia sapecado 4 a 1 no Corinthians em pleno Pacaembu – contava com o centroavante e ídolo nacional Dario, o Dadá Maravilha. Irreverente como sempre, ele ironizou a situação: “Baiano só faz cinco quando acerta na quina da loto”.

Trajando seu uniforme número 2, o Esquadrão ia a campo sem sua força máxima: Renato, Edinho, Zé Augusto, Édson Soares e Ricardo Longhi; Washigton Luís, Léo Oliveira e Emo; Toninho Taino, Dirceu e Gílson Gênio. Do outro lado, o Santa de Wendell, Celso Augusto, Alfredo, Silva e Hilton Brunis; Deinho, Baiano e Carlos Roberto; Egnaldo, Dario e Joãozinho.

O estádio estava vazio quando o juiz apitou, no dia 5 de abril daquele ano. Logo aos 4 minutos, o capitão Léo Oliveira passou para Gilson Gênio, que deu dois toques na bola e fuzilou no ângulo, abrindo o placar. Aos 9, em contra-ataque rápido, a defesa coral vacila e Gilson chuta forte, rasteiro, aumentando o escore. O terceiro só acontece aos 43: Léo ganha de Hilton na esquerda e descobre Dirceu livre na área, que cabeceia para o fundo da meta.

Com o resultado, pela primeira vez o Octávio Mangabeira teve mais gente na etapa final do que na inicial. Animada, a torcida tricolor foi chegando. Quando recomeçou o duelo, o clima era de alegria e tensão. O treinador adversário até que tentou segurar o marcador, mas foi acuado pelo Bahia e sua massa. Depois de 22 minutos de ataque, a galera delira no momento em que Gilson Gênio dribla três e cruza para trás. Toninho Taino, de primeira, faz um golaço.

Mesmo perdidos no gramado, os pernambucanos resistem ao bombardeio e barulho soteropolitano. O quinto e salvador tento empacou. Debaixo da trave, Dadá perde um gol feito. O torcedor tem chilique, síncope, constipação.

Aos 41, porém, quando os refletores já iluminavam mais que a luz do dia, no desespero, o zagueiro Zé Augusto dá um bico. Léo Oliveira fica cara a cara com Wendell, que realiza a defesa parcial. Mas Toninho Taino pega o rebote e estufa as redes, fazendo o quinto e milagroso gol do triunfo que, por todos os tempos, será inesquecível. Êxtase total: o impossível aconteceu, Bahia 5×0 Santa Cruz.

Leia também
Tricolor venceu os últimos seis confrontos em SSA
Sonho de subir em 99 foi sepultado pelo adversário
Robert salvou o Esquadrão no duelo mais recente

Clique aqui para saber tudo sobre o Campeonato Brasileiro 2005

comentários

Aviso: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do ecbahia.com.
É vetada a inserção de comentários que violem a lei, a moral, os bons costumes ou direitos de terceiros.
O ecbahia.com poderá retirar, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios
impostos neste aviso ou que estejam fora do tema proposto.

enquete

Qual a posição que o Bahia mais precisa de reforços para 2025?
todas as enquetes