Confira o que escrevemos logo após a última oportunidade em que o Tricolor de Aço derrotou o rubro-negro, há dois anos e quatro dias – ou nove clássicos. O árbitro foi o mesmo de daqui a pouco. Intitulada Garotos do Esquadrão despacham rival, a matéria dizia o seguinte:
“Neste domingo, na Fonte Nova, o Bahia contrariou os pessimistas de plantão e venceu o Vitória por 1 a 0 no primeiro clássico da temporada 2004. O gol do triunfo saiu aos 19 minutos do segundo tempo, após belíssima jogada protagonizada por Danilo e Elias, que culminou com gol de Paulinho.
Pouca gente acreditava que um time formado quase que exclusivamente por garotos pudesse encarar de igual para igual o rival, mais experiente. Porém a juventude tricolor provou que, com vontade, raça, determinação e bom futebol, é possível superar qualquer obstáculo.
A partida marcou a estréia do zagueiro Leonardo com a camisa do Esquadrão de Aço. Ele substituiu o meia Cícero, vetado nos vestiários, com uma entorse no joelho. Foi também a primeira vez do técnico Vadão em um BA-Vi.
Tecnicamente, o jogo foi fraco na primeira etapa. O que se via eram muitos passes errados, falta de iniciativa ofensiva, equilíbrio e predomínio da marcação sobre a criatividade. O clássico, consequentemente, teve pouca emoção.
Houve apenas dois bons lances dignos de registro. O primeiro, rubro-negro. Aos 15 minutos, a bola sobrou para Nenê na área. O zagueiro curtiu uma de atacante, driblou o marcador, mas, na hora do chute, foi travado por Neto. Aos 18, o Bahia deu o troco. Paulinho deixou o marcador no chão e chutou no ângulo, da entrada da área. Juninho se esticou todo, não viu nada e a bola só parou no travessão.
No segundo tempo, o duelo melhorou. As equipes voltaram mais soltas, em busca do gol ao invés de privilegiar a defesa. O Vitória começou mais agressivo. Aos seis minutos, Leonardo invadiu a área e bateu rasteiro, no cantinho. Márcio se esticou e tirou de ponta de dedo. Aos 11, Dejair recebeu na área e bateu colocado, mas o arqueiro tricolor foi lá e fez uma bela ponte, espalmando a bola.
O Bahia demorou para responder a pressão do rival mas, quando o fez, foi mais objetivo. Aos 19, após grande jogada individual, Danilo foi até a linha de fundo e meteu na área. Elias dominou e ajeitou, de calcanhar, para Paulinho, que chutou de primeira, rasteiro, estufando as redes do Leão.
O Vitória resolveu facilitar a vida do Bahia aos 25, quando Arivélton fez falta violenta em Elias e foi expulso. Com um a mais, o Tricolor passou a ter domínio total na partida. Embalado pelos gritos da galera, o Esquadrão foi para cima do rival. Aos 28, Danilo arrancou, driblou dois e encheu o pé: Juninho fez defesa espetacular e evitou o segundo. Dois minutos depois, o garoto Paulinho abusou. Ele fez um cruzamento perfeito, de letra, para a área. Nicácio tentou de primeira, só que furou.
O técnico Vadão resolveu mexer no time aos 36, trocando Nicácio e Danilo por Ernane e William. Antes, havia tirado Elias e colocado Robson. Descansada, a dupla infernizou a defesa adversária. Aos 39, Ernane recebeu na área, mas foi travado na hora “H”. Aos 44, William passou por dois, ficou livre na área, mas chutou fraco, em cima de Juninho. O segundo gol não saiu, mas não foi nada que impedisse a festa da Nação Tricolor ao apito final do árbitro”.
BAHIA 1 X 0 VITÓRIA
01/02/04, 17h00
Local – Fonte Nova, Salvador-BA
Bahia – Márcio, Leonardo, Neto e Valdomiro; Paulinho, Glauciano, Ari, Elias (Robson) e Bruno; Danilo (Ernane) e Marcelo Nicácio (William). Técnico: Oswaldo Alvarez
Vitória – Juninho, Pedro, Adailton, Nenê e Fabinho; Arivélton, Vinícius (Tiago Matos), Cléber e Marcelo Silva (Gilmar); Dejair e Leonardo (Obina). Técnico: Agnaldo Liz
Gol – Paulinho (19 do 2º tempo)
Árbitro – Manoel Nunes Lopo Garrido (BA)
Cartões amarelos – Leonardo, Danilo, Ari e Elias (Bahia); Vinícius, Nenê e Adailton (Vitória). Cartão vermelho: Arivélton (Vitória)
Renda – R$ 112.732,50 / Público – 27.832 pagantes
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