O mais recente Bahia x Guarani ocorreu pelo Brasileirão 2003, temporada em que o Tricolor terminou vexatoriamente rebaixado na lanterna da competição. Disputada em Campinas, a partida marcou a melancólica estréia do técnico Edinho Nazareth, a poucas rodadas da confirmação do desastre, no dia 1º de novembro daquele ano, um sábado. Deu Bugre 3 a 2.
Mesmo atuando com três zagueiros, o Esquadrão buscou o gol na primeira etapa explorando os laterais. E foi justamente assim que o time abriu o placar, depois de 27 minutos de equilíbrio e pouca emoção no jogo.
Nicácio fez um bom passe para Guto, que desceu livre até à linha de fundo e cruzou rasteiro. Mas antes que a bola chegasse a Nonato, o zagueiro Bruno Quadros tentou o corte e mandou contra o próprio patrimônio.
O tento animou o Tricolor, que na seqüência teve duas chances de ampliar, mas Danilo, na primeira; e Nicácio, na segunda; preferiram jogadas individuais ao invés de servirem Nonato, melhor colocado na área.
Só que o visitante apresentava graves problemas de marcação nos flancos, principalmente pelo lado esquerdo defensivo, dando espaço ao donos da casa para as investidas do perigoso lateral-direito Ruy.
Depois de algumas tentativas frustradas graças às boas saídas do goleiro Emerson, o camisa 2 alviverde conseguiu sucesso no apagar da luzes do 1º tempo, aos 46: o “Cabeção” ganhou de Lino e, quase do escanteio, cruzou na medida para Rafael Silva, de cabeça, deixar tudo igual.
Na volta do intervalo, o Guarani retornou com tudo e, logo no minuto inicial, conseguiu a virada. Simão fez grande jogada, passou por Marcelo Souza e tocou para o baiano Wagner, sozinho na área, assinalar o gol número dois dos anfitriões.
Abatido, o Esquadrão quase levou o terceiro em dois lances perigosos. Aos 5, Gilson soltou a bomba, com efeito, porém Emerson segurou firme. Aos 7, Wagner foi lançado na área, mas o arqueiro conseguiu desarmar o atacante, em intervenção arrojada. Aos 11, porém, Emerson não pôde fazer nada e sofreu gol de pênalti convertido e sofrido por Wagner, após ser derrubado na área por Accioly.
Na tentativa de mudar o panorama do duelo, o técnico Edinho Nazareth realizou as três alterações que tinha direito. Trocou Guto, Marcelo Nicácio e Lino por Paulinho, Cláudio e Elias, respectivamente.
As substituições surtiram efeito aos 36 minutos. Na base da raça, o Bahia pressionou e conseguiu diminuir com Luís Alberto. Danilo cobrou falta da esquerda, a bola passou por todo mundo, menos pelo camisa 8 tricolor que, de canhota, tocou no fundo das redes de Jean.
Até o apito final, a equipe foi só pressão. Aos 40, Elias tentou de voleio, mas acertou o adversário. Aos 41, Danilo cobrou falta com perfeição, porém o goleiro bugrino fez defesa sensacional.
Entretanto nada que se comparasse com a incrível oportunidade perdida aos 43 minutos. Cícero passou por dois e, da linha de fundo, cruzou. A bola foi direto aos pés de Paulinho, sem goleiro. A pequena torcida do Bahia presente ao Brinco de Ouro já comemorava o empate… quando, inacreditavelmente, ele chutou por cima.
GUARANI 3 x 2 BAHIA
01/11, 15h00
Local – Brinco de Ouro, Campinas-SP
Bahia – Emerson, Accioly, Marcelo Souza e Luiz Fernando; Guto (Paulinho), Cícero, Luís Alberto, Danilo e Lino (Elias); Marcelo Nicácio (Cláudio) e Nonato. Técnico: Edinho Nazareth
Guarani – Jean, Ruy, Juninho, Bruno Quadros e Gilson (Paulo Henrique); Émerson, Leandro Guerreiro, Simão e Marquinhos (Dinélson); Wagner e Rafael Silva (Rodrigão). Técnico: Barbieri
Gols – Bruno Quadros (contra, 27 do 1º tempo), Rafael Silva (46 do 1º), Wagner (1 do 2º e 11 do 2º) e Luís Alberto (36 do 2º)
Árbitro – Jamir Carlos Garcez (DF)
Cartão amarelo – Elias (Bahia)
Renda – R$ 15.069,00
Público – 1.707 pagantes
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