Renê cria sistema de metas rumo à subida; entenda

De Lucas Cunha, no site do jornal A Tarde:

`Titular absoluto do Bahia, principalmente após a chegada do técnico Márcio Araújo, o goleiro Renê fez e distribuiu para os colegas de clube uma tabela, com a meta rumo ao acesso para a Série A: segundo suas contas, é necessário conquistar nove pontos a cada cinco jogos.

“São sete pequenos campeonatos, mais os três jogos finais. Estamos entrando no quinto bloco, onde conquistamos mais pontos no primeiro turno (13). Mas agora vamos enfrentar equipes em diferentes situações. Vila Nova, Sport e Ponte Preta estão mais fortes agora. Mas o Bahia também está em outra situação, muito forte, no G4. Temos que buscar a classificação passo a passo”, disse o jogador, em entrevista ao Jornal da Manhã, da TV Bahia, nesta terça, 14.

Segundo suas contas, se o Bahia conquistar nove pontos a cada cinco jogos na Série B, chegará na 36ª rodada com 63 pontos, o que lhe deixaria muito próximo da classificação(99%, na contagem do goleiro), ficando para os últimos três jogos confirmar o acesso, caso seja necessário mais algum ponto.

O goleiro afirmou que todo o grupo está muito fechado neste objetivo. “O que está se falando no vestiário, está acontecendo no segundo tempo dos jogos. Chegou a hora de conseguir o acesso”.

A dupla com o técnico Márcio Araújo já foi bem sucedida em 2008, quando trabalharam juntos no acesso do Grêmio Barueri (hoje, Grêmio Prudente) para a Série A do Brasileirão. Para o goleiro, a situação no Bahia para isso acontecer é ainda mais favorável, devido ao apoio da torcida.

“Aqui, nós temos um jogador a mais, que é a torcida, algo que não tinha no Barueri. Contra o Ipatinga, a torcida provou que entendeu o planejamento, gritando o nome do Bahia após o gol. Antes, normalmente, a torcida vaiava. Cinco minutos depois, conseguimos o empate”.

Sobre o fato de já ser considerado por parte da torcida um ídolo, devido sua vibração em campo, o goleiro disse que só quer assumir esse posto após o fim da campanha rumo à Série A.

“Só quero ser ídolo depois de uma conquista, que é o que estamos tentando fazer. Vibro depois de cada defesa, pois também sou torcedor. É o meu gol naquele momento”.

Além da confiança da torcida, Renê também se destaca por ações fora do campo, como sua conta na rede social Twitter (http://twitter.com/renegoleirorene ), onde tem mais de 2 mil seguidores, em sua maioria, torcedores do Bahia.

Segundo o goleiro, os jogadores não devem mais se preocupar apenas em “jogar bola”, mas também entender que eles são “a principal moeda do clube”.

“Quando cheguei no Bahia, vi que muita coisa podia ser explorada. Hoje, acordei com 2014 seguidores. Quero chegar aos 3 mil, pelo tanto de torcedores apaixonados que tem aqui. Quero ajudar não só pegando bola. A torcida traz recurso para o Bahia, não temos que nos limitar a jogar, o atleta é a moeda do clube. Tem que saber usar a imagem”.

Além disso, o goleiro revelou que está, informalmente, prestando uma consultoria para alguns companheiros de clube, como o atacante Jael, artilheiro do Bahia na Série B.

“O sinal que Jael fazia quando marcava um gol (com os dois dedos médios levantados, imitando uma atitude dos torcedores) não ia vender. Hoje, o Jael beija o escudo, é de coração também. Acho que vou começar a cobrar pela assessoria”, brincou.

No caminho rumo à Série A, Renê mostrou preocupação por dois tipos de adversários: os times que o Bahia enfrenta em casa, que estão disputado o rebaixamento (“eles ficam fechados demais, não deixam você jogar”) e os adversários diretos do clube na parte de cima da tabela, especialmente os jogos fora de casa contra Ponte Preta, Sport, Figueirense e América-MG.´

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