Escrita pelo repórter Eduardo Rocha, a matéria a seguir mostra os diferentes posicionamentos que os membros ligados diretamente à torcida possuem em relação à comissão de reforma dos Estatutos tricolores. Leia a íntegra do texto publicado na edição deste domingo do Correio da Bahia:
Em meio às especulações quanto ao futuro do clube, a comissão formada pelo presidente interino Petrônio Barradas para propor sugestões de reforma do estatuto contempla três nomes diretamente ligados à torcida tricolor. Dentre os 24 convidados, destacam-se Rosalvo Dantas, presidente da Povão; Jorge Alberto Santana, presidente da Bamor; além de Marcelo Barreto, diretor do site E.C.Bahia (www.ecbahia.com.br), um dos mais representativos entre os torcedores do Bahia.
Os três serão os principais porta-vozes da torcida tricolor. O E.C.Bahia já disponibiliza em sua página na internet, inclusive, um e-mail para onde qualquer pessoa pode enviar sugestões. Depois de um processo de triagem, as mais interessantes serão levadas às reuniões da comissão. “Essa é a linha por que optamos. Não podemos deixar de abrir esse espaço ao torcedor, que é o combustível do nosso trabalho”, explica Marcelo Barreto. O diretor do site lembra, no entanto, que a maior parte das reivindicações que já chegaram de torcedores diz respeito à possibilidade de eleição aberta para presidente.
Como opção ainda mais direta, os sócios de Bamor e Povão terão a possibilidade de sugerir a seus representantes propostas para o novo estatuto. Entretanto o presidente Rosalvo Dantas, da Povão, não se ilude. “Temos que ter muito cuidado ao discutir a eleição para presidente, por que não se abre uma porta dessas para que qualquer um tome conta do Bahia. Tem muita gente que some dois, três anos e agora aparece para se aproveitar às custas do clube”, pontua.
Divergências – Tanto os representantes das torcidas organizadas quanto o diretor do E.C.Bahia julgam suas instituições isentas de partidarismo. Não se enquadram em oposição ou situação. Mas quando o assunto é a lista elaborada pelo presidente Petrônio Barradas, existem pequenas divergências. “Era o esperado. Grande parte dos convidados continua sendo do grupo de situação. Alguns nomes ficaram de fora, como Edmilson Gouveia, do movimento Diretas Já, e houve o episódio com o Ivan Carvalho, da Associação Bahia Livre, que não se sentiu representada”, resume Marcelo Barreto.
Para Rosalvo Dantas, as associações não são preponderantes. “Acho que a lista tem bons nomes. Tem um monte de associação por aí, mas quem vai levar bandeiras, colocar faixas, tomar sol e chuva nas arquibancadas somos nós. Eles são muito bons para escrever notas, mas quem segura mesmo o clube é o torcedor. Não vamos abrir mão de ter um estatuto moderno”.
Mas para que o estatuto seja modernizado, a metodologia das reuniões ainda não está clara aos convidados. Fala-se em divisão em grupos de trabalho, em reuniões que se estenderão por longo prazo e que o próximo presidente poderá indicar novos membros à comissão. Os encontros em paralelo ao processo eleitoral também levantam dúvidas, já que o próximo dirigente eleito tem o poder de modificar todo o processo.
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