A goleada de 4 a 0 sofrida neste domingo para o Ipitanga, em Senhor do Bonfim, acabou de vez com qualquer dúvida sobre a fragilidade do elenco do Bahia. Jogando com oito reservas, o Tricolor não foi páreo para uma equipe que ocupa apenas a sétima colocação no Baianão 2009 e só tinha vencido cinco de seus 19 jogos realizados até então no torneio.
O técnico Gallo poupou nove jogadores de olho no compromisso de quarta pela Copa do Brasil, contra o Coritiba. Oportunidade para testar os reservas, que acabaram reprovados.
Mal posicionado na defesa, lento e sem criatividade no meio, inoperante no ataque, e cheio só de falhas individuais, o Bahia foi uma lástima, presa fácil para o Ipitanga, que construiu o placar com impressionante facilidade.
O tucano terminou o primeiro tempo vencendo por 3 a 0, com um gol-contra de Bruno Neves, um de Itacaré e outro de Sassá. No segundo tempo, o “caixão foi fechado” por Itacaré, o melhor em campo.
Pelo Estadual, o Bahia volta a jogar na próxima sexta, contra o Madre de Deus, fora de casa, pela penúltima rodada da primeira fase. Com a derrota deste domingo, o Tricolor deu adeus à possibilidade de terminar a etapa classificatória como líder.
O jogo
O mistão do Tricolor até começou dando a impressão de que iria surpreender, afinal, as primeiras chances de gol foram do Bahia.
Aos 17, Ávine cobrou falta na cabeça de Cadu, que escorou para o meio do área. Sozinho, Thiago Carpini isolou. Aos 20, novo cruzamento de Ávine, em escanteio, mas Cadu cabeceou por cima do travessão.
A boa impressão do Bahia parou por aí. Jogando com três zagueiros, o Ipitanga liberou os alas para atacar. O tucano se aproveitava da fragilidade da marcação do Bahia, principalmente pelo lado direito, onde atuava, com deficiência, o improvisado volante Willames como lateral.
E foi por ali que o Ipitanga começou a levar perigo à meta tricolor. Aos 21, Pelezinho entrou na área e tocou na medida para Itacaré. O atacante deixou Bruno Neves no chão e bateu. Marcelo saiu do gol e fez uma defesa espetacular.
O goleiro não pôde fazer milagre, porém, aos 28 minutos. Após lançamento para a área tricolor, Bruno Neves tentou cortar de cabeça, mas acabou mandando contra o próprio patrimônio.
O gol não provocou uma esperada reação do Bahia. Sem criatividade num meio de campo lotado por quatro volantes, em um dia de pouquíssima inspiração do principal jogador do setor, Léo Medeiros, o Tricolor não conseguia se articular para atacar o adversário.
Já o Ipitanga marcava forte e com facilidade o lento e improdutivo meio do Bahia, além de sempre incomodar a mal posicionada defesa tricolor.
Aos 37, o tucano ampliou a vantagem no placar. Após boa triangulação ofensiva, a zaga vacilou e a bola sobrou limpa para Itacaré na área. Ele não perdoou e fez o segundo.
O Bahia nem teve tempo de assimilar o baque. Ao 39, Sassá disparou pela esquerda, se livrou de Rogério, deixou Evaldo no chão e bateu com força, no cantinho de Marcelo – 3 a 0 para o Ipitanga.
O segundo tempo começou como o primeiro, com o Bahia apático e o Ipitanga se aproveitando das deficiências do time de Gallo. Logo no primeiro minuto, o tucano fez mais um. Itacaré encarou a marcação, invadiu a área e bateu no ângulo. Golaço! Foi o quarto do Ipitanga, segundo de Itacaré no jogo.
Gallo mexeu no time em busca da reação. O lateral-direito Juninho, o atacante Paulo Roberto e o meia Silas entraram, mas nada fizeram, assim como o restante do time.
Com a bola rolando, o Bahia não conseguia oferecer perigo ao adversário. As principais chances de gol foram duas cobranças de falta de Evaldo, bem defendidas por Marcus Vinícus. O goleiro também apareceu bem aos 34, quando Cadu recebeu livre na área, mas chutou em cima dele. A única boa jogada ofensiva do Tricolor na etapa final só aconteceu aos 40 minutos, quando Juninho cruzou na pequena área, Rogério tentou de carrinho, mas desviou para fora.
Para a sorte dos comandados de Gallo, o Ipitanga diminuiu o ritmo, satisfeito com a goleada histórica e humilhante. Mesmo sem fazer muito esforço, o tucano quase ampliou aos 39, com Leidimar. Ele ganhou de Evaldo na corrida e tocou na saída de Marcelo. A bola tirou tinta da trave, mas foi para fora. Ufa!
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