O julgamento do atacante Jobson, 23, artilheiro do Bahia no Campeonato Brasileiro, realizado no último dia 21 de junho na CAS (Corte Arbitral do Esporte), agora sairá apenas em 5 de setembro. Até lá, ele poderá entrar em campo “sem preocupação” em mais oito rodadas da competição.
A informação é dos advogados do jogador, que disseram ter recebido um comunicado oficial da entidade sediada na suíça Lausanne, nesta terça-feira, informando que a sentença de seu caso de doping por cocaína, no final de 2009, foi adiada para esta data.
A previsão inicial era de que o resultado já fosse ser divulgado nesta quinta, dia da partida do Bahia contra o São Paulo, a partir das 21 horas, no Morumbi.
A audiência, em última instância, durou oito horas e pode até banir o atleta do futebol.
Ela aconteceu porque a Wada (Agência Mundial Antidoping) não aceitou a redução da pena de Jobson de dois anos para seis meses, em meados do ano passado, nos tribunais do Brasil. Caso os auditores entendam ter havido reincidência, já que a substância foi encontrada em duas partidas há pouco menos de dois anos –pelo Botafogo, contra Coritiba e Palmeiras–, Jobson corre o risco de ser afastado definitivamente do esporte.
A defesa do jogador, porém, diz que a punição máxima seria de mais um ano e meio de suspensão.
Durante julgamento no STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), no Rio, Jobson admitiu ter usado crack.
Como jurisprudência, a defesa do jogador citou o resultado da audiência com um atleta francês, julgado em 2005. Por ter 17 anos na época, seu nome não foi revelado, mas o caso seria idêntico. “Levaram em conta a questão da pouca experiência, pois, para a Fifa, a idade de formação do jogador é de 16 a 21 anos [quanto Jobson tinha quando seu exame acusou a substância]. Pegou seis meses”, alega o advogado Bichara Abdão Neto.
Nos últimos dias, a CAS liberou o nadador Cesar Cielo da acusação do uso de furosemida para disputar o Mundial de Esportes Aquáticos, em Xangai.
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