Noves fora o estado lamentável do gramado, daqueles que resumem o quão deficitária é a Terceirona, o Bahia apresentou um futebol abaixo da média nesta quarta-feira à noite, em um animado Presidente Médici. O suficiente, porém, para obter o primeiro triunfo como visitante no campeonato, alcançar sete dos nove pontos disputados e seguir a passos largos rumo à classificação para a segunda fase.
O time segue na vice-liderança do grupo, perdendo apenas no saldo de gols para o Confiança, que aplicou 2 a 1, dentro de Alagoas, no ASA de Arapiraca.
O 1 a 0 em cima do América de Propriá tinha tudo para consagrar o atacante Nonato. Foi dele o único tento da partida, aos 9 minutos da etapa complementar. Cléber cobrou falta da esquerda, no segundo pau, e o 11º maior artilheiro da história do clube não perdoou.
É bem verdade que o goleirão Sidney colaborou. Não seria motivo, mesmo assim, para fazer o jogador ser achicalhado, logo em seguida, pela numerosa torcida tricolor presente às acanhadas arquibancadas.
O problema é que, na comemoração, Nonato extrapolou. Por motivos que nem Freud saberia explicar, talvez sentindo-se perseguido, o atacante provocou a massa, proferiu palavras aqui impublicáveis e completou o serviço com gestos obscenos. Deu no que deu.
Bastante insultado na seqüência do jogo, acabou sendo subtituído aos 38. Voltou a usar os braços, em direção à torcida, de forma politicamente incorreta. Recebeu o terceiro cartão amarelo em três rodadas e ficou suspenso para o compromisso deste domingo, contra o mesmo adversário, agora na Fonte Nova. De herói a vilão em questão de segundos.
Descendo para os vestiários, chegou a hesitar, mas admitiu o mau compartamento: “Faz parte. Eles tem todo direito de reclamar. Não fiz nada. (…) Depois que me vaiaram, eu dei dedo para eles”. Questionado sobre o assunto na saída, o técnico Arturzinho, decepcionado, foi lacônico: “Quem tem que responder é ele”.
As coisas só não se complicaram ainda mais para o Esquadrão de Aço, em Itabaiana, porque uma cabeçada e um chute do sergipano Diego, nos acréscimos, “apenas” tiraram tinta da trave de Márcio Angonese.
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