é goleada tricolor na internet
veículo informativo independente sobre o esporte clube bahia

Ricardinho rebate: “Não tenho inimigos no futebol”

Notícia
Historico
Publicada em 26 de maio de 2011 às 20:01 por Da Redação

Novo reforço tricolor, o meia Ricardinho, 35, deu interessante entrevista ao repórter Daniel Dórea publicada no jornal A Tarde desta quinta-feira, que ainda trouxe a informação de que outro novato do clube, Nikão, chegou ao Bahia ganhando o dobro de seu salário no rival: agora, R$ 30 mil. Confira a reportagem com o ex-corintiano e seleção brasileira:

“Com um contrato até o final de 2012 e salário de aproximadamente R$ 100 mil, o meia Ricardinho aparece claramente como uma das grandes apostas do Bahia para o Campeonato Brasileiro. É certeza de experiência e talento, mas sua liderança tem sido contestada ao longo da carreira. Em 2006, a Revista Placar realizou uma pesquisa em que ele foi eleito o jogador mais odiado do Brasil. Neste ano, saiu do Atlético-MG a pedido do técnico Dorival Júnior. Em entrevista exclusiva por telefone, o jogador fala sobre este assunto e a expectativa de atuar no Bahia. Ricardinho desembarca em Salvador na noite de hoje.

Como a diretoria te convenceu a fechar com o Bahia?
Apesar de ainda não ter trabalhado com o René Simões, já o conhecia há muito tempo no futebol. Aprendi a respeitá-lo como profissional. Além disso, existe também o Paulo Angioni, que trabalhou comigo no Corinthians. Conheço a conduta dele e sei como trabalha. E o Marcelo [Guimarães Filho] me apresentou um grande projeto para o Bahia, não só para este ano. Hoje em dia, no futebol, o que vale é organização, boa administração, qualidade de trabalho e da equipe. Eu acho que o Bahia vai me proporcionar tudo isso.

Por isso seu contrato é até o final do ano que vem? Isso foi uma coisa que te seduziu?
Essa foi uma ideia inicial do clube, até dentro deste projeto que não é só para este ano. Já está se formando uma base de jogadores para dar continuidade nas temporadas seguintes. Eu achei interessante, pois cria-se um vínculo com o clube.

René Simões diz que precisa, no meio-campo, de um jogador de intensidade, que ataque e defenda os 90 minutos. Aos 35 anos, você ainda sente-se apto para fazer isso?
Tranquilamente. Eu me cuido, gosto de treinar e ainda tenho condições de exercer minha profissão. Não há problema. Sei que o Bahia tem jogadores jovens, de qualidade e creio que faremos um bom campeonato.

Já tem previsão de estreia?
Chegando em Salvador, vou conversar com a comissão técnica. Serão eles que vão me avaliar e dizer quando terei condições de estrear. Não vamos afirmar nada agora.

Mas você já está há quase dois meses sem jogar…
Isso não é problema. Treinando, dá para obter uma evolução rápida.

Você é um jogador que se cuida muito. Sente-se do mesmo jeito de quando jogava na Seleção e no Corinthians?
A disposição em exercer minha profissão é a mesma. Gosto do que faço. Tenho prazer em jogar futebol.

Você teria sido dispensado do Atlético-MG a pedido do técnico Dorival Jr., que achava que você exercia liderança negativa no elenco. Como encarou isso?
Eu não gostaria mais de falar sobre isso. Foi uma situação chata pra mim, surpreendente. Há coisas em nossas vidas que preferimos apagar. Hoje, estou indo para o Bahia com a oportunidade de seguir minha profissão.

Uma pesquisa da revista Placar, de 2006, te elegeu o mais odiado entre os jogadores. Como é sua relação com os colegas?
Tenho muitos amigos. Aliás, aí na Bahia, vários que vão poder me ciceronear: Edilson, Vampeta, Zé Luis, que acabou de chegar ao Vitória… A pesquisa é absurda. A amostragem era muito pequena. Mas cada um é livre para fazer o que acha que deve. Meu currículo está aí. É só ver minhas vitórias, os times em que joguei, os profissionais com quem eu atuei… É lógico que, em uma carreira longa, sempre vai surgir um problema ou outro, mas é uma coisa menor.

Então, você fez mais amigos do que inimigos no futebol?
Eu não tenho inimigos no futebol. Agora, as pessoas podem gostar ou não do meu trabalho. É a democracia.

Como é sua relação com Jobson, que atuou com você no Atlético?
A gente tinha um relacionamento ótimo. É um jovem, que gosta de receber uma bolinha boa na velocidade, nas costas do zagueiro (risos)… Sei do talento que ele tem. Vi no Atlético e sei que ele vai dar continuidade no Bahia.

Você acha que um grupo unido tem mais possibilidade de obter sucesso?
Sem dúvida nenhuma. Este é um dos pontos de sucesso do trabalho: um grupo que se respeite, que trabalhe unido, com todos buscando o mesmo objetivo e procurando elevar o nível do trabalho.

Porém, dizem que aquele grupo do Corinthians, que ganhou tudo no final do século, não era unido…
União não significa que um tem de ir na casa do outro. União é respeito pelo companheiro dentro do trabalho. E aquele grupo era assim. Uns tinham mais afinidade com outros, mas todos tinham comprometimento profissional.

Digamos assim: era um grupo unido, mas que não tinha grandes amizades.
Exatamente.

Para terminar: O que você pode dizer das aspirações do Bahia para 2011?
Primeiro, eu preciso conhecer o grupo primeiro. Agora, pensando em Bahia, o objetivo é sempre buscar conquistas. O Campeonato Brasileiro e duro, mas o Bahia tem uma grande torcida. A gente tem que saber se utilizar disso, jogando em casa.

Leia Também
Ricardinho exalta Tricolor e quer tempo para atuar
Reforço de Ricardinho é oficializado pelo Bahia

Clique aqui e saiba tudo sobre a Série A 2011

comentários

Aviso: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do ecbahia.com.
É vetada a inserção de comentários que violem a lei, a moral, os bons costumes ou direitos de terceiros.
O ecbahia.com poderá retirar, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios
impostos neste aviso ou que estejam fora do tema proposto.

enquete

Qual a posição que o Bahia mais precisa de reforços para 2025?
todas as enquetes