Jornal mais lido do Brasil, a Folha de S.Paulo publicou neste domingo a sua já tradicional relação de clubes do futebol nacional, sempre ao final de cada temporada. E o “Ranking Folha”, que em 2011 completou 15 anos, comprova antiga suspeita de muito torcedor tricolor: a rivalidade entre Bahia e Vitória é a menos equilibrada entre as existentes no país.
Além de o Esquadrão de Aço ter dois títulos do Campeonato Brasileiro –contra nenhum de seu principal adversário doméstico–, o clube é dono da maior distância para o rival quando o assunto são Estados como a Bahia, com apenas dois “grandes” (veja infografia abaixo).
Aliás, mesmo se forem considerados Pernambuco e Goiás, que possuem três representantes de maior expressão, o abismo do Tricolor para o rubro-negro supera qualquer um deles. O mesmo acontece adotando-se os dois primeiros de SP e Rio, as exceções com quatro gigantes.
No ranking, enquanto o Bahia ainda ostenta 111 pontos de vantagem para o Vitória (apesar do jejum de dez anos sem títulos estaduais), a distância do Internacional para o Grêmio é de somente 13 e a do Atlético-MG para o Cruzeiro, 43.
O Coritiba aparece com 104 pontos à frente do Atlético-PR, o Avaí tem nove sobre o Figueirense, e o Ceará, apenas um perante o Fortaleza.
Para completar, o Sport possui 93 pontos a mais que o Náutico, ao passo que o Goiás tem 79 de diferença para o Vila Nova. E ainda há Santa Cruz e Atlético-GO entre os dois, em cada palco.
Confira a lista no geral –admitindo-se agora todos os torneios, não só locais:
1. Flamengo – 909 pontos
1. São Paulo – 909
3. Palmeiras – 823
4. Santos – 794
5. Corinthians – 747
6. Cruzeiro – 727
7. Vasco – 716
8. Inter – 696
9. Grêmio – 649
10. Fluminense – 614
11. Atlético-MG – 495
12. Botafogo – 481
13. Bahia – 441
14. Sport – 413
15. Fortaleza – 369
16. Ceará – 360
17. Coritiba – 340
18. Vitória – 312
19. Paysandu – 309
20. Atlético-PR – 261
OBSERVAÇÃO
A pontuação do Bahia seria superior se a Folha não mantivesse a postura de distinguir a Taça Brasil e o Torneio Roberto Gomes Pedrosa do Campeonato Brasileiro a partir de 1971. Apesar da unificação oficial da CBF, desde 2010, o jornal dá menos pontos para as duas competições, inclusive com uma pequena vantagem para o Robertão ante a Taça Brasil.
Segundo a matéria, assinada por Rodrigo Bueno (também da ESPN Brasil), “o ranking nasceu com o objetivo de mensurar historicamente as conquistas dos times brasileiros premiando a excelência, assim não leva em conta campeonatos que não sejam da primeira divisão”.
“Só títulos e vices obtidos na elite do futebol nacional, regional e estadual (além das disputas internacionais) são levados em conta no levantamento. Assim, a Portuguesa não somou pontos em 2011 pela taça da Série B, por exemplo”, completa.
E finaliza: “O ranking, de forma geral, não contabiliza competições que não tiveram sequência, não foram oficiais ou não conseguiram muita representatividade”.
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