A matéria abaixo se encontra no Correio da Bahia deste sábado:
“O campo está preparado. De um lado do tribunal, o Bahia banca a legalidade do contrato com Bruno César, do outro, o São Paulo argumenta que o atacante procurou o clube do Morumbi de posse de liberação emitida pela CBF. Enquanto a disputa segue além dos 90 minutos, a revelação tricolor o futuro dirá qual tricolor treina desde quarta-feira, 2 de agosto, no Centro de Formação de Atletas, em Cotia, interior de São Paulo.
O gerente de futebol de base do São Paulo, José Geraldo Oliveira, nega ter aliciado o atleta nascido na paulista Americana por respeito ao Bahia, também fundador do Clube dos 13. Ressalva apenas que não despreza um talento com os pés que tenha o passe livre às mãos. Ele nos apresentou um parecer jurídico do departamento de registros da CBF. Não houve sequer participação da Justiça Comum ou Desportiva.
Geraldo Oliveira também negou que Bruno César tenha ganho a liberação devido a atraso salarial ou pendência financeira, como já garantira o Bahia. Informou, sim, que o parecer apontou erros de ordem administrativa no antigo vínculo, que venceria em 2 de fevereiro de 2009. A falha permitiu à promessa, acompanhada de advogado e empresário, trocar a Smallville, do Superhomem, pela Sportville (como é conhecido o CT da base são-paulina, que custou US$3 milhões, ou cerca de R$6,93 milhões, ao santinho tricolor e onde 120 promessas têm moradia, escola, médicos, psicólogos, dentista, nutricionista, dentre outros profissionais).
Lamento pelo Bahia, mas se o jogador quer sair e a legislação permite a escolha, não sou eu quem vai se opor, contou, materializando antiga suspeita. O Guilherme (empresário que ele não recordou o sobrenome) trouxe o Bruno César, mas queríamos o Danilo Rios. Falam tão bem dele que, se ele chegar aqui com o passe livre, até eu que sou bobinho assino na hora, ironizou o gerente de futebol de base. Se o Bahia provar que o Bruno César está equivocado, nós o devolvemos de imediato, como também já disse ao Ronaldo Passos.
Procurador Na opinião de Ronaldo Passos, que sustenta ser procurador de Bruno César apesar de contrário à situação formada, o atacante, 17 anos, cedeu à oferta de outros empresários por ser fraco psicologicamente. Ele era isca para o Danilo Rios, cutucou, lembrando que o São Paulo lhe ofereceu contrato apenas até 31 de janeiro de 2007. Mas Danilo tem caráter e honra a educação dos pais, disparou o goleiro campeão brasileiro pelo Bahia em 1988.
Representante Norte-Nordeste da empresa esportiva do tetracampeão Aldair com o agente da Fifa João Carlos, Ronaldo Passos, estudante de quarto ano de direito, lamentou o constrangimento. Tenho um nome a zelar e trabalho com dignidade porque gosto de dormir tranqüilo, disse, alfinetando os gigolôs do futebol, a versão do empresário das maria-chuteiras. Tem quem gosta de ganhar fácil e assedia os atletas, porém é algo que acontece em todos os segmentos, contemporizou, reforçando ter um contrato de prestação de serviços assinado por Bruno César e pelo pai, Gilmar Zanaki”.
Leia também
São Paulo contrata atacante “foragido” do Fazendão
“Brecha” em contrato tirou Bruno César do Tricolor
comentários
Aviso: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do ecbahia.com.
É vetada a inserção de comentários que violem a lei, a moral, os bons costumes ou direitos de terceiros.
O ecbahia.com poderá retirar, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios
impostos neste aviso ou que estejam fora do tema proposto.