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Historico
Publicada em 1 de abril de 2006 às 04:29 por Da Redação

O natural é o clube reclamar a ausência do torcedor. Em tempos de crise e escassez de títulos, o estádio vazio faz as queixas aumentarem ainda mais. Mas “pense em algum absurdo e ele já aconteceu na Bahia”. A frase de Octávio Mangabeira – por sinal nome oficial da Fonte Nova – ganhou força com os exemplos que a confirmaram através dos anos. Exemplos, talvez, como o de ontem do Bahia, clube que driblou sua própria torcida ao treinar em Simões Filho, em detrimento do Fazendão.

O novo imbróglio que reflete a delicada situação do Bahia começou anteontem à noite, quando vazou a notícia da manifestação dos torcedores contra a diretoria, organizada pelas facções Bamor e Povão. Com receio de baderna ou quebra-quebra no Fazendão, a diretoria se apressou em buscar um novo local para o último coletivo antes da estréia no segundo turno do Campeonato Baiano, amanhã, contra o Camaçari. Após a negativa da Sudesb em ceder a Fonte Nova, foi vista com alívio a opção pelo Estádio Edgar Santos, em Simões Filho. A resposta chegou na hora do almoço, enquanto o treino começaria às 15h. Depois, foi só comunicar à polícia, que enviou um efetivo total de 15 carros e cerca de 40 homens armados.

A torcida, por sua vez, organizava-se desde às 13h na entrada do Shopping Iguatemi. Duas horas depois, chegava ao centro de treinamento levada por um ônibus alugado. Na porta do Fazendão, confirmaram com os policiais a informação que jogadores, comissão técnica e alguns membros da diretoria estavam em Simões Filho. Mesmo assim, os mais de 70 presentes cantaram o hino do clube, proclamaram frases de ordem e protestaram pacificamente. “Esta foi a primeira e só vamos parar quando o presidente renunciar e toda a diretoria sair”, afirmou, no início da noite, o presidente da Bamor, Jorge Alberto Santana, a 200m do portão de entrada.

“Sabemos que o ônibus parou na estrada esperando a nossa saída. Não precisa. Não vamos agredir os jogadores, muitos até que choram pelo Bahia, como Bruno César, Rafael (Bastos) e Danilo (Rios); e muito menos Charles, um cara que fez muito por nós e pelo clube. Só queremos a saída da diretoria”, emendou Jorge da Bamor. “Reclamamos dos problemas administrativos, financeiros, de tudo que está aí e nunca se soluciona nada. Cansamos”, emendou, por telefone, Rosalvo Castro, presidente da Povão. “Eles são fujões, saindo da própria concentração, mas chegará uma hora que nos encontraremos”, aposta Rosalvo.

Em Simões Filho, o presidente Petrônio Barradas preferiu evitar conversar com a imprensa. Limitou-se a dizer que fazem parte da democracia as manifestações pacíficas, porém tinha que se preocupar com o clube que gosta. O diretor de futebol, Newton Mota, argumentou não ter sido uma fuga. “Temos problemas com o campo, até mesmo na drenagem. Será normal a saída na sexta-feira até para mudar um pouco o ambiente”, informou. “É um direito deles porque o Bahia não atravessa um bom momento. É o desejo deles e nosso fazer um Bahia feliz e forte”, completou. O supervisor Roberto Passos também esteve com o elenco.

Correio da Bahia

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