Várias são as hipóteses apontadas para o fracasso do Bahia na Segundona. A falta de planejamento, a má qualidade de alguns jogadores e brigas internas no elenco estão entre elas. Porém, a mais recorrente das justificativas levantadas para explicar a situação tricolor é o atraso de salários. A realidade do Santa Cruz joga por terra esse argumento.
A equipe pernambucana tem a melhor campanha da Segunda Divisão. Líder isolado da competição, com um jogo a menos e cinco pontos à frente do segundo colocado, o tricolor de Recife nada com braçadas largas para se garantir nas finais.
O ótimo desempenho no campo contrasta com a saúde financeira do clube. O Santa está em débito com seu elenco. Assim como o Bahia, 18º colocado. A direção do time coral, que tem folha mensal de R$ 260 mil, deve dois meses de salários aos seus jogadores. Além disso, metade da premiação pela conquista do Campeonato Pernambucano, encerrado em abril, continua em aberto.
Mesmo com os bolsos vazios, os jogadores do também nordestino Santa Cruz vêm fazendo bonito. O time perdeu apenas uma vez na Série B e tem a melhor defesa do campeonato. Por enquanto, nada de cara feia ou corpo mole, críticas feitas pela torcida do Bahia, direcionadas ao seu elenco.
A informação é que a direção tricolor pagou uma das mensalidades atrasadas antes da partida contra o Avaí. Resta saldar o débito de um mês de salário federativo e dois meses relativos a direitos de imagem. Mas o doping financeiro foi insuficiente para evitar a vexatória apresentação frente aos catarinenses.
A Tarde
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