Segunda parte da retrospectiva relembra agonia

Julho:

Chegam wallyson, Fabrício Lusa, Ângulo, Rafael Miranda. Saem Danny Moraes e Rosales

Decretada a intervenção no clube. Carlos Rátis assume o cargo e afasta os Guimarães da direção do Bahia. Após 5 anos à frente do clube, Marcelo Guimarães e seu filho estão fora do Bahia.

Em campo time alcança o 3° lugar após derrotar o São Paulo no Morumbi.

Advogado dos Guimarães acaba virando piada por causa de suas declarações. Ele revela que foi contratado pelo clube e acabou sendo demitido pelo interventor posteriormente.

Partidários da antiga gestão, empregados do Bahia trancam salas e a polícia arromba portas da sede do clube para que a interventoria tenha acesso aos documentos do clube. O setor financeiro fica às moscas com o sumiço dos funcionários.

Membros do antigo Conselho destituído entram na justiça contra intervenção e fracassam.

Clube lança campanha de associação e faz recadastramento dos antigos sócios. Em um dia, quase 10.000 novos tricolores tornam-se sócios do clube.

Contra o Flamengo, triunfo de 3 a 0 empolga a torcida e o Esquadrão dorme na segunda posição do Brasileiro.

Agosto:

Destituídos colecionam derrotas na justiça. Até no STJ os Guimarães saíram derrotados.

Zagueiro Titi tem nome especulado por time turco mas negociações não vão adiante.

Chega William Barbio, sai Zé Roberto.

Em campo time perde fôlego , sofre três derrotas seguidas e só consegue vencer o Náutico pelo Brasileiro. Na Sul-Americana, triunfo de 1 a 0 diante da Portuguesa no Canindé e empate em 0 a 0 na Fonte levam o Bahia a disputar uma partida fora do país pela primeira vez em 24 anos.

Ao cruzar lista de sócios recadastrados com a relação de conselheiros destituídos, O ecbahia.com descobriu que mais da metade dos conselheiros sequer era sócia do clube. Nem o presidente destituído conseguiu provar que era sócio mas, interventor “liberou” sua participação da Assembleia Geral de Sócios.

No dia da assembleia, 99% dos sócios aprovaram o novo estatuto que permite pela primeira vez na história do clube que os sócios elejam de forma direta seu presidente e membros do Conselho Deliberativo.

Para o cargo de presidente três nomes se consolidam como canditados: Antonio Tillemont, Fernando Schmidt e Rui Cordeiro. Os três participam de uma série de debates e entrevistas e apresentam suas propostas para o mandato “tampão” de 15 meses.

Setembro:

ecbahia.com sabatina candidatos a presidência com perguntas polêmicas. As chapas para o Conselho são definidas nas mesma época.

Em campo o time fica 5 rodadas sem vencer e deixa o top-10 na primeira metade do mês. Depois de vencer o Internacional em casa e o Botafogo no Rio, fica em 7°.

O dia 7 de setembro passa a ter outro significado para o esporte baiano e principalmente para a torcida tricolor: pela primeira vez o Bahia tem um presidente eleito democraticamente. Fernando Schmidt é eleito com 67% dos votos.

Carlos Rátis vira herói da torcida tricolor e fala com exclusividade à TV ecbahia.com sobre seus 60 dias à frente do Tricolor de Aço.

Jornal divulga resultado de auditoria que revela endividamento global de R$83 milhões e crime de apropriação indébita na gestão Guimarães. Juiz Paulo Albiani, que determinou a auditoria, encaminha documentos para o Ministério Público Federal para que as denúncias sejam investigadas.

Revelação da base, torcedor legítimo do Tricolor, Feijão entra para a história do clube ao marcar o milésimo gol do Bahia em Campeonatos Brasileiros. O tento foi marcado no 2 a 0 contra o Inter em Salvador.

Nova diretoria faz aquela que seria sua única contratação no Brasileiro, o meia Wangler, que estava na quarta divisão do Nacional jogando pelo Caxias-RS e foi pouco usado no resto do ano por Cristóvão Borges.

Na volta ao cenário internacional, time perde para Nacional da Colômbia pela Sul-Americana com gol contra de Diones.

Outubro:

Pior mês para o time em campo. Foram 4 derrotas e 2 empates, o time só conseguiu vencer o rival no clássico na Fonte Nova com gols de Rafael Miranda e Fernandão. Depois de mais de quatro décadas, o Bahia conseguiu perder para o São Paulo em Salvador, para piorar, os paulistas tinham dois jogadores a menos.

Queda de rendimento tem reflexo direto na classificação e no público presente no estádio. Bahia fica em 16° e a apenas 3 pontos do Z-4. Para piorar, a classificação na Sul-Americana é perdida na disputa de pênaltis após um magro triunfo por 1 a 0 no tempo regulamentar.

Detalhes sobre a negociação envolvendo o Fazendão e o novo centro de treinamento construído pela patrocinadora do clube em Dias D´ávila são revelados e revoltam a torcida.

Com a alegação de falta de tempo e dinheiro, diretoria não contrata mais a nenhum reforço para o resto do ano e torcida fica apreensiva com a falta de qualidade do elenco.

Novembro:

Artilheiro do time, Fernandão assina pré-contrato com time da Turquia e deixa o Bahia no final do ano.

Desesperada, diretoria e Arena Fonte Nova lançam promoção de ingressos e campanha de apoio ao time nas redes sociais. Internamente, é acertado com os atletas o pagamento de bichos mais gordos a serem pagos em caso de resultados positivos. Time teria recebido R$60mil por mero empate diante do Grêmio.

Na primeira partida em casa, fracasso total: Atlético-MG domina e jogo e por pouco não sai de Salvador com os 3 pontos.Após ser goleado por um Santos sem pretensões, time entra pela primeira vez na zona de rebaixamento do Brasileiro. No final do mês, time se recupera e derrota o rebaixado Náutico em Recife e a Portuguesa dentro de casa e termina o mês em 13° lugar.

Dezembro:

Depois de um triunfo surpreendente diante do campeão Cruzeiro em Belo Horizonte, o time de Cristóvão Borges escapa do fantasma do rebaixamento na penúltima rodada do Brasileiro. Na despedida do campeonato, time volta à irregularidade e perde de virada para o Fluminense, frustrando a torcida que havia quebrado o recorde de público da Fonte Nova no Nacional.

Ao final do campeonato, Anderson Barros é demitido e, por fidelidade ao patrão, Cristóvão Borges também deixa o Bahia apesar de ter contrato até o final de 2014. Para seus lugares a diretoria anuncia William ex-Corinthians e Marquinhos Santos, que havia treinado o Coritiba no Brasileiro.

Com discurso de pés-no-chão, clube contrata jogadores pouco conhecidos pelo torcedor mas que se enquadram no orçamento do clube. Até agora foram anunciados Branquinho, Rhayner, Anderson Conceição e Galhardo.

Insatisfeita com o tratamento dispensado pela Nike/Netshoes, diretoria tenta rescisão amigável do contrato que vai até 2015. Especula-se que Adidas e Puma teriam apresentado valores superiores aos da marca americana.

Por fim, nos últimos dias de 2013 a negociação entre Bahia e Flamengo que envolveria a ida de Feijão para a Gávea em troca da chegada de Rafinha ao Fazendão teve um andamento que revoltou a torcida tricolor. Segundo o presidente rubro-negro, Rafinha viria para Salvador sem passe estipulado e Feijão desceria para o Rio acompanhado de mais dois jogadores da base, todos com passe estipulado.

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