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Segundo zagueiro, “está todo mundo fazendo conta”

Notícia
Historico
Publicada em 10 de novembro de 2006 às 01:05 por Da Redação

A entrevista abaixo, realizada logo após o retorno tricolor de Ipatinga, foi publicada no jornal Correio da Bahia desta sexta-feira. Confira o “pingue-pongue” feito pelo repórter Eduardo Rocha com o zagueiro Pereira:

O grupo já jogou a toalha?
Pelo menos da parte dos jogadores, não. Está todo mundo mordido por aqui. O problema é que a gente fala, fala, sabe o que fazer, mas na hora não acontece. Temos que reverter isso nesses próximos cinco jogos. Quem sabe a gente não vence Barueri e Ferroviário e ganha moral?

O pessoal ainda está fazendo cálculos? Com quantos pontos acredita que o Bahia se classifica?
Ah, claro que agora está todo mundo fazendo conta. Temos que ganhar as cinco para classificar. Não dá mais para deixar para depois. Na verdade, a gente pensou que o time ia engrenar depois do Ba-Vi (o segundo, no Jóia da Princesa), mas perdemos uma partida em que fomos bem. Ontem, jogamos mal no primeiro tempo, mas voltamos bem no segundo. Fizemos um gol, tivemos chances cara a cara com o goleiro, mas o 3×1 no final matou a reação.

Você é um dos remanescentes do ano passado, quando houve problemas de vaidade entre os jogadores (ex: Viola, Uéslei, Dill, Guaru). Isso aconteceu nesse Brasileiro?
Vou te ser sincero. Ano passado, acho que isso acontecia porque os jogadores eram conhecidos. Talvez um quisesse aparecer mais que o outro, ou não aceitasse receber menos que o outro. Esse ano, os jogadores são jovens e ainda não conquistaram nada na carreira. Eu converso com o Guilherme, Leandro Leite e Rodrigão, por exemplo. Tá todo mundo querendo fazer o melhor, porque só assim vamos conquistar alguma coisa. Infelizmente, o que vinha dando certo nas primeiras fases não tem se repetido no octogonal.

Na Série C, o time nunca apresentou o futebol exuberante que a torcida exigiu, mas bem ou mal vinha vencendo nas três primeiras fases. O que mudou de lá para cá?
Sinceramente, não sei. Simplesmente as coisas não têm dado certo. Também houve mudanças dos jogadores, com contratações e lesões, e isso mudou um pouco a característica do time. Concordo que não jogamos nenhuma partida para se dizer: ‘‘O Bahia deu um baile’’. Mas no Bahia não adianta jogar bem e perder. Antes o torcedor reclamando e a gente conquistando as vitórias.

O problema dos salários atrasados é uma realidade e, agora, com a perda dos mandos de campo, a situação financeira não tende a melhorar. Todo jogador diz que não, mas não há uma insatisfação que reflete no desempenho em campo?
Claro que todo mundo trabalha para receber. Não vou dizer a você que jogaria no Bahia de graça. É a minha profissão. A gente comenta a situação, fica chateado, mas se fosse para influenciar, teria influenciado durante o ano inteiro. A diretoria tem se esforçado para pagar os salários, mas com esse problema da perda dos mandos de campo, não sei como vai ficar. Imagina o Bahia contra o Vitória na Fonte Nova. Ia dar 50 mil pessoas. A gente ia ter o apoio do torcedor e a bilheteria pagaria ao menos parte dos atrasados de jogadores e funcionários.

O aspecto psicológico pesou nos últimos jogos?
Tem aquela coisa da confiança. Quando as coisas não acontecem do jeito que a gente imagina, o cara não fica confiante, a bola fácil bate na canela e não entra. Fica todo mundo pensando em ter mais cuidado para não errar, não arrisca tanto.

Você concorda com as críticas da imprensa de que o time é limitado?
Não é limitado. Um time limitado não teria chances de ficar em primeiro nas três outras fases. Nesse octogonal, as coisas realmente não aconteceram. Hoje (ontem), a gente ficou no aeroporto conversando sobre isso. Tá todo mundo louco com isso. Conversamos tanto que chega uma hora que alguém diz: ‘chega, vamos mudar de assunto. Pensar no próximo jogo’’.

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