A partida desta terça-feira, contra o ABC, em Feira de Santana, serve como ponto de partida de uma semana de reencontros com o que de melhor e de pior aconteceu com o Bahia na Série C do ano passado. Na sexta-feira o Tricolor vai até Goiânia encarar o Vila Nova.
Junto com o Bragantino, os dois adversários da semana subiram com o Bahia para a Série B deste ano, mas somente torcedores, dirigentes e atletas remanescentes do time de 2007 sabem o custo que o acesso representou para o clube.
Apesar de terem se enfrentado 4 vezes em 2007, com dois triunfos para cada lado, o sentimento em relação ao time potiguar é de solidariedade, seja na alegria ou no sofrimento. Graças ao ABC, o Bahia não foi eliminado na terceira fase da Série C. Já classificado, o time potiguar foi jogar na última rodada no estádio Arena da Floresta contra o Rio Branco-AC desfalcado de sete titulares. De nada adiantaria o Bahia vencer o Fast, se o ABC perdesse a partida.
O Bahia só fez o dever de casa com um gol milagroso de Charles aos 49min da etapa final e o ABC segurou um empate com direito a pênalti defendido pelo goleiro Aloísio. A combinação salvou o time tricolor de permanecer no porão do futebol nacional por mais um ano.
Mais tarde, os dois clubes voltariam a se encontrar pela fase final do torneio. Em 22 de outubro, um dia depois da derrota para 4 a 3 para o ABC, o meia Cléber sofreu um acidente vascular cerebral ainda em Natal, onde a delegação tricolor estava concentrada. Submetido a uma cirurgia de emergência na capital potiguar e transferido oito dias depois para um hospital de Salvador, Cléber permaneceu em estado de coma até falecer no dia 19 de dezembro.
Vila Nova – Ainda nesta semana, o Bahia enfrentará outro adversário de lembranças alegres e ao mesmo tempo trágicas para a história recente do clube. Na sexta-feira, enfrenta em Goiânia o Vila Nova, adversário do empate por 0 a 0 do dia 25 de novembro passado, resultado que assegurou o acesso da equipe à Série B.
Mas enquanto milhares de torcedores invadiam o gramado da Fonte Nova para comemorar o fim do sufoco, sete tricolores desabaram para a morte do alto do anel superior da arquibancada do estádio. A tragédia ainda afeta a vida do clube.
Campeão de público do ano passado, com média de 40 mil pagantes por jogo, o Bahia não pode mais contar com a Fonte Nova, permanentemente interditada pelo governo do Estado até que se construa uma nova arena no local. Resultado: nos jogos em Feira de Santana, a média de público é de 3 mil pagantes.
Independentemente do adversário, o Bahia terá de deixar o passado de lado se quiser dar seqüência à fase de recuperação iniciada na rodada passada, com a vitória por 2 a 1 sobre o Avaí, que tirou o time da zona de rebaixamento e o deixou na 10º posição, com 12 pontos. O ABC tem um ponto a mais que o Bahia e está na sétima colocação.
UOL Esporte (Adaptado)
comentários
Aviso: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do ecbahia.com.
É vetada a inserção de comentários que violem a lei, a moral, os bons costumes ou direitos de terceiros.
O ecbahia.com poderá retirar, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios
impostos neste aviso ou que estejam fora do tema proposto.