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Só duas famílias receberam pensões até hoje

Notícia
Historico
Publicada em 25 de novembro de 2008 às 12:49 por Da Redação

De Nelson Barros Neto, do A Tarde

São três as formas em que os familiares da tragédia do Estádio Octávio Mangabeira podem ser compensados: além do seguro garantido no ingresso de cada um dos sete mortos, há a indenização a ser paga pela Justiça e a pensão criada pelo governo do Estado.

Prevista na lei estadual nº 10.954, de pouco menos de um mês do desabamento (22 de dezembro de 2007), ela foi regulamentada por um decreto do governador Wagner, em abril. Contudo, famílias de cinco das das sete vítimas ainda não começaram a recebá-la.

A primeira beneficiada, segundo a Secretaria de Administração da Bahia (Saeb), foi Janilce da Silva Teixeira, viúva de Joselito Lima Júnior. O pagamento se iniciou em outubro e vai durar até a data do que seria o 68º aniversário dele, como determina a lei. Como Joselito não tinha emprego registrado no momento da tragédia, a pensão é de um salário mínimo – com pagamento retroativo à data da tragédia.

Em seguida, veio a mãe de Milena Vasques Palmeira, que teve a pensão autorizada no último dia 12 – a irmã também caiu, mas sobreviveu. Pelo mesmo motivo do caso de Joselito, a beneficiária receberá um salário mínimo mensal do Estado.

Em outros quatro pedidos, de acordo com a Saeb, há dificuldades com a documentação exigida e com conflitos internos nas famílias para que a pensão seja liberada. Segundo a assessoria de imprensa do governo, a Defensoria Pública foi acionada para ajudar nos trâmites legais.

Uma das famílias, a de Jadson Celestino Araújo Silva, porém, não quis receber a pensão e entrou na Justiça contra o governo, para tentar receber outro tipo de indenização, mais elevada.

VIGILÂNCIA – Quanto aos sobreviventes, apesar do discurso da Sudesb, a maioria é de queixas. Enquanto a família de Dênis de Jesus. 17 anos, prefere não se manifestar mais sobre o caso, o estudante Jader Landerson, 19, brada, referindo-se ainda à irmã de Milena: “Ainda não recebi nada. Para os que morreram, chega tudo, mas, para os que estão vivos, não chega nada. Eu e Patrícia bem sabemos disso”.

Jader chega a dizer que é perseguido pelos órgãos públicos, não podendo sequer sair de casa que os ‘vigilantes’ questionam sua susposta melhora. “Não dá para viver mais assim”, lamenta.

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