Spirito se revolta no Fazendão: “Me sinto largado”

O atacante Paulo César desabafou nesta quarta-feira, para quem quisesse ouvir, sobre a situação que vem passando no Bahia. Ele foi um dos atletas que estiveram às 10 da manhã numa agência bancária próxima ao shopping Iguatemi, aguardando apenas a abertura do estabelecimento, e ouviram da gerente que o dinheiro do clube ainda não havia entrado. Como só recebeu o salário de setembro quem está jogando, “Spirito” precisou bater à porta do presidente Petrônio Barradas para ver o dinheiro pingar na conta.

“Estou me sentindo largado”, disse, ao reclamar que não vem sendo tratado corretamente na enfermaria tricolor. “Falta remédio e equipamentos. Os funcionários do departamento médico só trabalham meio turno. Pelo que eu fiz dentro de campo, acho que merecia mais atenção”. Segundo o habilidoso jogador, o descaso da diretoria começou desde quando se contundiu, no dia 22 de outubro (triunfo de 4 a 1 sobre o Ferroviário, na Fonte Nova).

Acometido por uma hérnia de disco, afirmou que os médicos lhe passaram que não precisaria operar. “Em dois meses, acredito que estarei bem”. Paulo César acha que as trocas de comissão técnica influenciaram as inúmeras lesões do elenco e revelou já ter sido procurado por outros clubes. “Meu contrato com o Bahia vai até dia 30, mas ainda ninguém falou comigo. O contrato com o time do meu empresário vai até 2010”.

Os salários atrasados têm atrapalhado o desempenho do Bahia? “Não digo por mim, que quando entro em campo não penso nisso, mas nem relógio trabalha de graça, precisa de pilha”. E completou: “Estou esquecido. Só quem fala comigo são os médicos. Acho que se quiser falar com alguém da diretoria, vou precisar marcar horário”.

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