Substituto de Jobson, Jones temia ser esquecido

De André Uzêda, no jornal A Tarde de terça-feira:

`Com a dispensa de Jobson, uma vaga no ataque do Bahia fica em aberto. Pelas últimas atuações que vem tendo, Jones Carioca passa a ser o mais habilitado para ocupar o espaço deixado pelo ex-camisa 11 do Esquadrão e já foi confirmado para seguir contra o Ceará.

Contra o Santos, Jones voltou a experimentar a posição de titular no ataque tricolor, algo que não acontecia desde o dia 27 de março deste ano, ainda pelo Campeonato Baiano, ocasião em que sofreu um choque com um zagueiro do Bahia de Feira na hora de marcar um gol de cabeça.

“Foi algo bem inusitado, marquei o gol, mas nem pude comemorar, por que a pancada me deixou zonzo e meu rosto começou a sangrar muito. Os médicos foram me atender e fiquei com medo de ter alguma coisa“, lembra.

Depois do acidente, responsável por três fraturas no rosto do jogador, ainda viriam os dias de molho após a cirurgia. “Foram dois meses muito ruins. Ficava querendo treinar, mas não podia. Estava em um momento muito bom no clube, já estava adaptado e vinha sendo titular. O acidente fez o torcedor esquecer de mim…”, queixa-se Jones.

Retorno

Pela Série A 2011, já foram sete jogos de Jones Carioca pelo Bahia. Um gol – contra o Figueirense, na 13ª rodada – e também um cartão amarelo (pela comemoração exaltada do já citado gol).

“Ali não tinha como ser diferente. Não fazia gol fazia um tempão. Foi um gol importante no jogo também, pois estava 2 a 1 e o Figueirense ameaçava empatar. Não consegui conter a emoção, tirei a camisa e fui abraçar o professor René”, conta o jogador.

Ao técnico René Simões, a quem dedica o elogio de um “comandante fantástico”, Jones agradece pela oportunidade de voltar ao time.

Na primeira partida em que retornou, contra o Atlético Mineiro, no empate de 1 a 1 em Pituaçu, o próprio atacante reconhece ter tido uma atuação abaixo do esperado. “Estava querendo jogar tudo o que não havia jogado naqueles dois meses. Estava muito ansioso e acabei não fazendo nada. O time foi vaiado e o torcedor criticou minha escalação”.

Com a oportunidade aberta no time titular e o retorno das boas atuações, Jones acredita que pode reconquistar seu espaço no grupo. “Eu lamento o que aconteceu com o Jobson, mas temos que continuar defendendo o Bahia. Espero que o treinador continue apostando no meu trabalho. Acho que posso render muito”, projeta-se.

TRÊS PERGUNTAS PARA JONES CARIOCA

Como você tem encarado essa possibilidade de voltar a ser titular do time do Bahia?
Ser titular é o que todo jogador quer. Fiquei muito feliz pela oportunidade que René me deu de começar jogando contra o Santos, ainda mais um jogo com casa cheia.

Se acha pronto para substituir o Jobson, a pressão agora vai ser maior, até porque ele vinha bem?
Eu lamento muito o que aconteceu com o ele. Vou dar tudo de mim para aproveitar esta oportunidade. Ainda posso brilhar muito nesse Brasileiro.

Pretende lutar por artilharia?
Está difícil por que já passou quase um turno, mas vou tentar aproveitar todas as chances para marcar gols.

2 meses foi o período que ele ficou de molho recuperando-se da cirurgia na face. O jogador sofreu um choque no rosto no dia 27 de março deste ano, na vitória por 3 a 0 (um dos gols foi dele) contra o Bahia de Feira, em Pituaçu. No acidente teve fratura de três ossos na região facial`

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