Técnico fala da ansiedade para o BA-Vi de domingo

Após um trabalho em que exigiu bastante do grupo, o técnico Jorginho subiu à sala de imprensa do Fazendão no início da noite desta sexta-feira para falar sobre o clássico deste domingo, na Arena Fonte Nova.

O treinador aproveitou para conversar com os jornalistas sobre jogadores, contusões e a ansiedade que cerca o dia da inauguração do caldeirão.

Ouça a entrevista cedida pela assessoria de imprensa do clube:

Veja o que falou o treinador, na íntegra:

TITI

“Na verdade o Titi é uma dúvida, mas o Titi, desde quando eu conheço ele, ele nunca teve lesão. Conheci o Titi se não me engano em 2008, numa final de sub-20, e nunca o vi machucado. Se ele não puder, provavelmente vai o Brinner. O que fiz no treino hoje (testes com Fahel e Diones) são opções para caso eu precise. Precisamos do Titi inteiro e isso quem vai me dizer é ele.”

“Eu acredito até o fim. Nós que somos mais experientes, temos que acreditar em tudo. Quem tem fé em tudo, consegue passar por cima de muitas coisas. E a torcida do Bahia tem essa história, a torcida do Bahia faz isso. Lá em Vitória da Conquista, quando a torcida começou a apoiar, o time se incendiou e foi embora.”

SOUZA

“Eu acho o seguinte: Numa contusão de grau 1, é uma lesão que poderia ser feita em uma semana e poderia voltar e não foi. Todas que tivemos aqui de grau 1, foi uma semana e voltou e não foi. Então, temos que ter o máximo de cuidado com ele, porque não é uma final, não é o último jogo do campeonato. Queremos ele para o campeonato todo.”

“É como o Titi, se não der, paciência. Eu não posso forçar. Temos que ter o máximo de cuidado para não acontecer o que aconteceu com o Ávine. Falei para termos cuidado, irmos devagar. Panturrilha é um caso muito sério. Eu tive lesão, é muito sério. É diferente de coxa. Segunda-feira ele vai treinar junto com Adu em um coletivo com a equipe de Juniores.”

TRÊS VOLANTES

“O esquema tem chance de ser mantido. É um jogo bom de jogar, campo bom, então tem chance”.

CLÁSSICO

“O clássico é decidido muitas vezes por um detalhe que você nem imagina. Tem que ter cuidado com todos os jogadores. Não adianta marcarmos só lado direito deles, que é muito forte, e esquecer de um zagueiro, um volante que possa sair. Não podemos esquecer nada disso.”

“O treino começou um pouquinho mais tarde porque estávamos lá olhando alguns jogos deles, para que pudéssemos corrigir os nossos erros. Nós vamos passar de novo momentos antes do jogo para que eles possam entender melhor. Quem vai com muita cede ao pode, morre afogado, já dizia minha mãe. Temos que ser precavidos.”

ANSIEDADE

“Não posso negar que todos nós ficamos nervosos, ansiosos. Mas acho que temos que ter cabeça no lugar. O futebol tem três resultados que tem que dá. Ou você vai empatar, ou ganhar, ou perder. E nem sempre o melhor vence. Eu não levo essa ansiedade para o banco. Eu já não jogo mais. O futebol é gozado. Alguns atletas falam que morram duas vezes. Uma quando para e outra quando Deus leva. Eu fui o contrário. Fui vivo quando jogava, fiz tudo que poderia, lutei por todos os clubes, me dediquei ao máximo. Se ganhei ou não paciência. Deus me deu a chance de continuar e tentar fazer destes garotos melhores atletas”.

“Espero que seja um bom jogo, jogando futebol, sem violência, sem ponta-pé. Que os torcedores venham para o estádio para aplaudir, incentivar, não para destruir cadeira, ofender torcedor adversário, a imprensa. Enfim, que tenhamos paz e um belíssimo espetáculo.”

RECONHECIMENTO DA FONTE NOVA

“Não era um treino. Só íamos andar no campo (pedido foi negado). Mas vocês viram que fizemos um pedido para abaixar a grama do Fazendão, para se assemelhar ao gramado de lá. Os dois times vão ter dificuldades, pois o Vitória também gosta de jogar com a grama um pouco mais alta. Vão ter erros, a bola vai ficar muito rápida e vão ter erros de passe, isso com certeza. A bola vai bater na canela. E se molhar, fica mais veloz ainda.”

OPÇÕES DE MUDANÇAS NO TIME

“No segundo tempo é bem provável (Marquinhos e Rosales juntos). Com o Anderson Talisca também, o próprio Zé Roberto que vem treinando há muito tempo muitíssimo bem. Jogamos com o Ceará, na estreia do estádio. Jogamos com o Zé de centroavante e ganhamos do Ceará lá e jogando bem. E aqui não conseguimos ganhar. Então, isso é relativo. O importante é poder contar com todos inteiros.”

O JOGO

“Os 15 primeiros minutos de jogo vão ser complicado, depois vai se assentando. O que espero é que não haja violência. Que ganhe o melhor. O brasileiro tem que aprender a respeitar o adversário. Sei que é BA-Vi, que tem histórias fantásticas de um lado e de outro, mas precisamos respeitar o ser humano. Vamos tentar fazer o máximo pelo Bahia, como o Vitória vai fazer o máximo pelo Vitória.”

ZÉ ROBERTO, JÉFERSON, PABLO, TORÓ

“Não. O que me fez formar o meu banco de reservas foi o treinamento. O Zé Roberto, por exemplo, você não vê ele reclamar de nada. Ele já vem treinando a muito tempo. O Zé conseguiu baixar para 13 a porcentagem de gordura dele. Vocês não sabiam disso. Ele falou que vai conseguir, vai se dedicar, vai ajudar. Um cara desse você tem que aplaudir.”

“O Jéferson, por exemplo, está se dedicando e logo pode surgir uma oportunidade, como surgiu com o Kleberson. O Pablo fez um treino excepcional. O Toró já está melhorando. Então, quer dizer estamos tendo bastante opções e isso é muito importante para o clube. Além dos meninos que estão dando trabalho. Fico feliz com isso. É bom para o Bahia.”

ADRIANO

“O pouquinho que estou conhecendo o Adriano, acho que nada pressiona ele. Tem hora que parece que o cérebro dele não existe, de tão sossegado que ele é. Se os nossos torcedores, jornalistas, fossem tão tranqüilo quanto ele, estaríamos mais sossegados para trabalhar. Ele é muito sossegado nisso, mas se empenha muito no treino. Eu disse a vocês, e vocês gostam de arquivo. Eu disse para ter paciência com Adriano, com Rosales. Ele está se dedicando e vai ajudar o Bahia.

FREDDY ADU

“Segunda-feira vai treinar conosco. Vou tentar fazer um coletivo com a equipe de Juniores para ver como está Souza, Adu e outros atletas, para que possamos começar a pensar no jogo de quarta-feira. Ele vai começar a se adaptar a jogar o futebol brasileiro, pois até então ele estava acostumado de outra forma. Então vamos devagar para ele se adaptar.”

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