Tetracampeões passaram sem deixar saudade no Bahia

O futebol brasileiro comemora hoje, 17 de julho, os 15 anos de uma de suas conquistas mais expressivas – o tetracampeonato mundial de futebol, na Copa do Mundo de 1994, nos EUA. Foi naquele dia que o Brasil venceu a Itália por 3 a 2, nos pênaltis, e acabou com o jejum de 24 anos sem ganhar uma Copa. Quis o destino que três dos heróis do tetra cruzassem o caminho do Bahia – os suplentes Paulo Sérgio, Viola e Zetti. Por ironia do destino, nenhum deles fez sucesso no clube e foram embora sem deixar saudades.

O primeiro a desembarcar no Fazendão foi Paulo Sérgio. Em fim de carreira, aos 34 anos, o jogador voltou ao país para defender o Tricolor no Campeonato Brasileiro de 2003, após brilhar nos europeus Roma-ITA e Bayer de Munique-ALE. Foi anunciado com pompa, mas naufragou junto com o time que acabaria rebaixado. Jogou apenas 11 jogos pelo Brasileirão e Copa do Brasil, não balançou as redes e acabou indo embora dois meses após chegar ao clube.

Depois de Paulo Sérgio, foi a vez de Viola, em 2005. Disputou o Baiano, a Copa do Brasil e o Brasileiro da Série B. Chegou a fazer um gol de bicicleta contra o Grêmio, na Segundona, mas não vai ser lembrado no clube por isso. Viola passou mais tempo no departamento médico que em campo, com seguidas lesões musculares. Em um de seus últimos atos com a camisa tricolor, partiu para cima do árbitro após derrota para o Caxias, no Sul do país e precisou ser contido por companheiros. Acabou naufragando junto com o clube, rebaixado para a terceirona naquele ano.

Credenciado por ter subido com o Fortaleza no ano anterior, Zetti chegou ao Bahia no dia 22 de abril de 2005 para ser técnico de um time repleto de estrelas como Dill, Viola e Uéslei, na disputa da Série B. Mas durou apenas sete jogos no cargo. Foram duas vitórias, dois empates e três derrotas, a última delas, por 4 a 2, em casa, o que decretou a demissão do treinador, no dia 13 de junho. Foi substituído por Jair Picerni.