De forma semelhante à que ocorre hoje, com o rival tendo uma campanha superior e a vantagem na decisão, o Tricolor não era apontado como favorito para faturar o Campeonato do Nordeste de 2002. Tanto, que na notícia que colocamos quando da conquista, no dia 12 de maio, escreveu-se: “Não teve Barradão que tirasse o título do Esquadrão de Aço. Após um empate em 2 a 2, o Bahia conquistou novamente o Nordestão. Desacreditado por muitos, o time cresceu durante a competição e foi perfeito na fase derradeira, fazendo o escore de 5 a 3 na final e sagrando-se BICAMPEÃO”.
Um exemplo clássico dessa força da camisa ocorreu no duelo que decidiu o Estadual de 1974. Naquela época (momento em que a famosa estrela ainda brilhava), enquanto o Vitória possuía um time reconhecidamente melhor, o Bahia terminou levantando a taça com um gol do inexpressivo atacante Piolho, segurando o 1 a 0 mesmo com um jogador a menos, no segundo troféu da seqüência imbatível do Hepta.
Voltando à glória de três temporadas atrás, a última da história do clube, o confronto, em pleno Dia das Mães, ficou marcado por uma grande atuação de um criticado Nonato. Brilhando na hora certa, o camisa 11 anotou dois tentos e saiu de vilão a herói, para alegria da Nação Tricolor, que fez sua parte e lotou seu espaço reservado no estádio.
FICHA TÉCNICA
Bahia – Emerson, Mantena, Marcelo Souza, Valdomiro e Chiquinho; Ramalho, Bebeto Campos, Preto e Sérgio Alves (Capixaba); Robson (Accioly) e Nonato (Alan). Técnico Bobô.
Vitória – Jean, Maurício (Ramalho), Marcos, Índio e Leandro; Xavier, Fernando (Léo Mineiro), Allan Delon e Robson Luís (Samir); André e Aristizábal. Técnico Joel Santana.
Gols – Robson Luís e Fernando, de pênalti (Vitória) e Nonato, duas vezes (Bahia)
Árbitro – Márcio Rezende de Freitas (SC)
Cartões Amarelos – Maurício, Marcos e Índio (Vitória) e Mantena, Nonato, Chiquinho e Emerson (Bahia)
Cartões Vermelhos – Aristizábal (Vitória) e Preto (Bahia)
Público – 23.120 pagantes
Renda – R$ 231.200,00
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