Bahia e Fluminense, dois clubes de tradição no futebol do país, que inclusive já conquistaram o Campeonato Brasileiro, hoje lutam contra o rebaixamento para a Segunda Divisão.
O parágrafo acima poderia ter sido extraído de textos já publicados. Isso porque o perigo de disputar a Série B no próximo ano não é novidade alguma para eles, que se enfrentam logo mais na Fonte Nova. Os adversários viveram situações semelhantes em anos anteriores.
O período mais negro da história do tricolor carioca teve seu início no ano de 1996, quando o clube seria, pela primeira vez, rebaixado no Brasileirão. Naquele ano, a última rodada da competição significava para Fluminense e Bahia uma espécie de tábua de salvação para que permanecessem na Primeira Divisão. O problema é que apenas um time poderia se salvar. E foi o Bahia.
Em seu último jogo pelo Brasileiro, o Flu venceu o Vitória-BA por 3 a 1 e contava com uma derrota ou empate do Esquadrão, contra o Flamengo, para se safar. Mas os baianos venceram a partida por 1 a 0, garantiram-se na Série A e empurraram o clube das Laranjeiras para o abismo da Segundona.
Só que, na prática, o Fluminense não caiu, graças a uma virada de mesa, das muitas que já ocorreram no futebol brasileiro – e que, por ora, parecem ter sido sepultadas. O susto não fez efeito nas diretorias dos dois clubes. Com a mesma falta de planejamento e a série de problemas reinantes, Fluminense e Bahia voltaram a lutar contra o rebaixamento no ano seguinte.
Aí não teve jeito. As duas equipes – com a companhia de Criciúma e União São João – terminaram 1997 rebaixadas à Segunda Divisão.
Nos anos seguintes, Bahia e Fluminense percorreram caminhos diferentes no futebol. Fizeram campanhas sofríveis na Série B, mas foi o Fluminense quem chegou ao fundo do poço. Num cenário formado por brigas políticas, desmoralizado e cambaleante, o tricolor carioca foi parar na Terceira Divisão. O Bahia, pelo menos, agarrou-se na Segundona.
Os rivais de hoje, curiosamente, deram as mãos para voltar à Primeira Divisão em 2000. Depois de conquistar a Série C, em 99, o Fluminense estava pronto para disputar a Série B no ano seguinte – com o Bahia, que também estava lá. Mas, numa manobra promovida por dirigentes dos principais clubes do Brasil, foi criada a Copa João Havelange.
A competição equivalia à Primeira Divisão e os dois clubes, como convidados, a disputaram e, de lá para cá, permanecem na elite do futebol tupiniquim. De onde lutam para não sair.
JB (Adaptado)
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