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“Tive proposta para sair”, revela treinador

Notícia
Historico
Publicada em 9 de fevereiro de 2008 às 23:27 por Da Redação

Acompanhado do filho Felipe, de cinco anos, que garante já ser torcedor do Bahia, o treinador Paulo Comelli exibia sua simplicidade antes de conceder entrevista ao repórter Daniel Dórea, de A Tarde Esporte Clube. O paulista falou sobre a expectativa para o seu primeiro clássico de massa e revelou que poderia ter saído no início do Baianão, mas preferiu manter a palavra e continua firme no comando do Esquadrão. Confira:

Qual o maior clássico que você disputou na carreira?
Disputei clássicos em outros Estados, mas acho que em proporção de torcida esse é o maior. Participei também de Avaí e Figueirense, que é um jogo que tem uma rivalidade muito grande, mas para esse Ba-Vi a expectativa é muito maior.

Se deu bem pelo Figueirense no clássico?
Foram dois empates.

Bate um nervosismo às vésperas de seu primeiro Ba-Vi?
Nervosismo não, pela experiência que eu já tenho como técnico. São 17 anos de carreira. É uma partida diferente das demais, mas estou tranqüilo, até pelo trabalho que está sendo realizado.

Você considera o Vitória favorito?
Não, não digo que o Vitória é favorito. Mesmo com todo o investimento que eles fizeram – muito maior que o do Bahia –, com 17 contratações, grande diferença na folha salarial, eu confio muito na minha equipe. Acho que nenhum dos dois é favorito. Há uma igualdade para essa partida.

Como o Bahia chega para o clássico?
Eu gostaria que estivéssemos em uma situação diferente, com uma mesma equipe desde o início do campeonato, sem modificações. Mas, infelizmente, aconteceram coisas do futebol, como contusões, negociações de jogadores. Temos que procurar superar todas essas dificuldades para fazer um bom jogo.

Você está em um time que não é exemplo de organização. Alguma vez você pensou que tinha feito uma escolha errada em vir para o Bahia?
Quando você faz uma escolha, não pode se arrepender. Tive uma proposta para sair. Depois de duas rodadas do Campeonato Paulista, o treinador do Noroeste caiu e houve um convite, mas eu procurei não divulgar porque não tinha interesse em sair do Bahia, mesmo sendo oferecido um salário maior. Estou cumprindo minha palavra. Algumas coisas estão erradas, mas estamos procurando acertar aos poucos.

Se você pudesse escolher alguém do Vitória, quem seria?
O Vitória tem bons jogadores. Joguei contra no ano passado três vezes e pude observar muita qualidade. Tem o Batatais, que já trabalhou comigo; Índio, Bida, Jackson. É uma equipe forte, que se montou para a Série A.

Por que Ávine não teve uma segunda chance?
Eu já peguei um histórico ruim dele. Aí, eu chego na equipe, falo sobre minha conduta, baseada na disciplina e, no segundo dia de trabalho, o jogador chega de madrugada no alojamento, bêbado, e não aparece para os treinos da manhã. Por isso, comuniquei à diretoria que não o queria mais no time profissional.

Qual a importância de conquistar o título baiano?
Todo técnico que vai para um equipe pensa em títulos. Eu, principalmente, que saí do interior de São Paulo, onde é muito difícil conquistar títulos. Tive boas experiências em várias equipes, como Ituano, Portuguesa, União Barbasense e Noroeste, mas a gente sempre briga por um terceiro, quarto lugar. Quero ser campeão, mas a prioridade é a Série B.

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