A torcida, pelo menos a grande maioria, descartou a campanha de “Público Zero”, circulada pela internet, e prometeu lotar Pituaçu na partida contra o Vasco, próximo sábado, 25. Mas o problema é saber quando o torcedor poderá comprar as entradas para o jogo mais esperado da Série B deste ano. O motivo continua o mesmo: a briga entre a BWA e Outplan, empresas que fazem ingressos para partidas.
Até esta terça-feira, 21, a Sudesb, que apoia a Outplan, havia conseguido na justiça que a empresa que começou confeccionando as entradas do Bahia em Pituaçu, voltasse ao posto titular, após liminar. Porém, ontem, a diretoria novamente entrou com um recurso para que a BWA, parceira do tricolor, tivesse o direito.
Segundo o Estatuto do Torcedor, o Bahia é que está com a razão, pois, como mandante, tem poder para escolher quem vai fazer a emissão e venda das entradas. O time baiano tem parceria com a BWA desde os tempos de Fonte Nova, inclusive recebendo um adiantamento de cerca de R$ 500 mil no início do ano. Porém, a Sudesb, como superintendência que cuida de Pituaçu, deu poderes a Outplan, alegando caráter de urgência, já que o estádio abriu às pressas.
Para o superintendente da Sudesb, Raimundo Nonato, o popular Bobô, o problema não é mais do governo. A responsabilidade agora é do Bahia. Na verdade estou sabendo agora que o clube entrou com uma nova ação a favor da BWA. Isso só prejudica o torcedor, disse o ex-jogador tricolor, assegurando que no próximo dia 20 de agosto vai escolher, através de licitação, quem vai cuidar dos ingressos em Pituaçu. Ainda estamos em caráter de urgência, por isso a Outplan ainda está com o poder. Depois da licitação, qualquer empresa com melhor qualidade vai cuidar disso, garantiu Raimundo Nonato.
Para o jogo da Seleção Brasileira, em setembro, em Pituaçu, nenhuma das duas empresas vai dar as cartas. Nos jogos do Brasil, quem faz tudo é a própria CBF e não vai influenciar em nada o problema do Bahia, finalizou Bobô.
Esta briga, além de prejudicar o torcedor, também suja a imagem do Bahia no cenário nacional. É o que garante o presidente da Federação Baiana de Futebol, Ednaldo Rodrigues. A CBF não está vendo com bons olhos o Bahia. Estes problemas, principalmente se tratando de uma competição nacional, só faz prejudicar a imagem do Bahia com a Confederação, avisou Ednaldo.
A Federação prefere que se resolva tudo antes de atingir o estatuto do torcedor. A FBF não vai se meter, pelo menos por enquanto. Respeitamos nossa agremiação e esperamos que se resolva logo. Porém, caso o Estatuto do Torcedor não seja respeitado, teremos que tomar providências, garantiu o presidente.
Tentamos contatar com o presidente do Bahia, Marcelo Guimarães Filho, para mostrar o lado tricolor da história, mas o mesmo se encontrava em reunião, como explicou seu secretário. Para respeitar o estatuto, o tricolor deveria começar a venda hoje. O preço deverá ser R$ 30, a meia-entrada.
Moysés Suzart – A Tarde
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