A partida deste domingo do Bahia contra o Inter também vai marcar o primeiro encontro da Nação Tricolor com o zagueiro Bolívar, responsável por tirar o jovem lateral esquerdo Dodô do futebol desde novembro passado até hoje devido a uma entrada criminosa no último jogo entre os times, aos 30 minutos da etapa inicial, no estádio Beira-Rio, pelo Brasileirão de 2011.
Por causa do rompimento total do ligamento cruzado de seu joelho canhoto, que o obrigou a operar o local, Dodô não continuou no Tricolor de Aço. E continua atualmente tentando se recuperar para voltar aos gramados, no Corinthians, seu clube de origem.
Enquanto isso, Bolívar chegou a receber uma punição exemplar em primeira instância do Superior Tribunal de Justiça Desportiva. Ele ficaria suspenso até Dodô retornar. Porém, a diretoria do Internacional recorreu e conseguiu reduzir a pena para duas partidas e 15 dias (!).
Na ocasião, mesmo de muletas, Dodô compareceu à sala de imprensa do Fazendão para dar entrevista coletiva e, apesar da situação, afirmou perdoar o rival.
Quando o doutor me ligou e falou da contusão, foi como se tivesse tirado meu chão. O máximo que eu fiquei sem jogar foi um mês, por uma contusão que tive no quadril. Hoje, conversei com Paulo Angioni (gestor de futebol tricolor) e ele me falou um pouco sobre o lado bom dessa história. Ver o carinho da torcida, amigos, companheiros de profissão, imprensa. Eu nunca vou esquecer esse apoio e quero muito agradecer a todos vocês, falou.
Dodô também comentou sobre o início da carreira. Passa um filme na cabeça. Saí de casa com 11 anos (em Campinas) para morar em Belo Horizonte, quando fui jogar no Cruzeiro e deixei tudo para trás pelo sonho de jogar futebol. A partir do momento que você recebe a notícia que não vai poder jogar por seis meses é muito difícil, comentou emocionado.
Já o árbitro Paulo César de Oliveira (Fifa-SP) interpretou o lance como um mero jogo perigoso e não expulsou o adversário. E, por incrível que pareça, o beque ainda por cima minimizou o caso.
Exagero de força não houve. Quem pôde acompanhar viu que cheguei primeiro e ele foi meio afoito. Mesmo que eu tenha chegado de sola, cheguei na frente no lance. Encostei primeiro na bola e ele apoiou o pé no chão. Mas não foi nada desleal, não foi uma falta que quis fazer, disse.
Na época, nomes como Ronaldo Fenômeno se solidarizaram com Dodô. Agora, a torcida azul, vermelha e branca já planeja vaiar Bolívar durante os 90 minutos em Pituaço neste domingo.
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