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Tribuna da Bahia: Derrota, choro, porrada e pânico

Notícia
Historico
Publicada em 24 de novembro de 2003 às 22:09 por Da Redação

Foi uma tarde/noite de choro e ranger de dentes para o torcedor do Bahia, que depois de ver seu time perder para o Atlético, foi protestar na saída dos jogadores, e num confronto desnecessário com a polícia, apanhou

A data de 23 de novembro de 2003, com certeza, já ganhou seu espaço na história negativa do Bahia. Dentro de campo, a derrota de 2 a 0 para o Atlético do Paraná, que empurrou o time para a última posição, a lanterna do Campeonato Brasileiro, pode ser decisiva para devolver o clube baiano à Segunda Divisão em 2004. Fora do estádio, a torcida enfrentou a Polícia Militar na ânsia de xingar, vaiar, e até agredir os jogadores, e terminou apanhando feio, tomou muita porrada, num clima de guerra no estacionamento do Dique do Tororó, no estádio da Fonte Nova. Até o primeiro gol do Atlético Paranaense, de Alex Mineiro, aos 27 minutos do segundo tempo, o torcedor do Bahia fez a sua parte, uma festa nas arquibancadas da Fonte Nova. Erradamente prejudicada por uma circular da CBF – Confederação Brasileira de Futebol, que limitou em pouco mais de 19 mil a carga de ingressos para esta partida na Fonte Nova, a torcida fez a sua parte, tentando ser o 12º jogador.

Mas o gol dos paranaenses quebrou a força dos baianos. Dentro de campo o time batia cabeças, e nas arquibancadas, o torcedor chorava, xingava, e até queimava bandeiras e camisas do seu time do coração. No segundo gol do Atlético, de Marcelo Souza, contra, os baianos passaram a vaiar sua própria equipe, e ensaiar gritos de “olé”, a cada toque do time do Paraná. Fim de jogo, e paus, pedras, garrafas cheias de urina, roletes de cana, pilhas de rádio, chinelos, enfim, tudo o que estivesse ao alcance das mãos, foram atirados, arremessados, contra os jogadores do Bahia, na descida do túnel para o vestiário.

Apenas o goleiro Émerson parou no topo das escadas, beijou o escudo do clube, e tentou passar sentimento e constrangimento, e foi aplaudido pelos torcedores. Mas o pior estava apenas por vir. Um grupo grande de torcedores, mais de 100, se concentrou no portão de saída da delegação do estádio da Fonte Nova. O confronto com a polícia foi inevitável. Garrafas de vidro, pedras, paus, foram arremessados contra o Pelotão de Choque, e todas as vezes que a polícia identificava um agressor, o pau comia solto. Sangue, desmaios, correrias, pânico, por mais de uma hora, foi clima de guerra no estacionamento do Dique do Tororó. Até que a delegação do Bahia deixou o estádio, com o ônibus escoltado por mais de 10 viaturas da Polícia Militar. Saiu sob aplausos, irônico, de uns, vaias e xingamentos de outros.

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