Tricolor supera mau tempo e o Grêmio

A verdadeira tempestade de verão que castigou a cidade nesta quarta-feira alterou a rotina dos soteropolitanos e procovou inúmeras poças no gramado da Fonte Nova, como não se via em anos. Tanta água e congestionamentos nas principais ruas fez o torcedor desistir de comparecer, à noite, ao estádio. Resultado: pouco mais de 4 mil pagantes presenciaram o triunfo do Bahia sobre o Grêmio, 2 a 1, em sua estréia na Copa do Brasil 2005.

Bastante desfalcada, a equipe do técnico Hélio dos Anjos teve sobretudo raça e agora possui a vantagem de jogar pelo empate na partida de volta, dia 2 de março, em Porto Alegre, para se classificar à Segunda Fase do torneio nacional. O vencedor do confronto pega o Vila Nova, que eliminou o Cuiabá.

Nesta prévia da Série B, o Tricolor conseguiu abrir rapidamente o placar. Logo aos 7 minutos, Guaru cobrou escanteio baixo, a zaga falhou e o goleiro Eduardo, com a bola molhada, aceitou. Ela entrou devagar, no meio do gol, que terminou sendo “olímpico”. Dill ainda completou, porém já estava dentro.

Mesmo dominando, o Esquadrão chutava pouco. O time esteve muitas vezes presente ofensivamente pelas laterais, mas sem que as conclusões das jogadas gerassem lances perigosos. Os gaúchos tiveram apenas uma boa chance em todo o primeiro tempo, numa falha de Paulinho, só que o goleiro Márcio acabou defendendo com facilidade o chute fraco do meia Nunes.

A chuva forte que caiu durante o intervalo encharcou o campo, prejudicando principalmente o Bahia, que atuava à base dos contra-ataques. E diferente da etapa inicial, foi a vez de os visitantes marcarem no início: em cruzamento de falta de quase da intermediária, Neto cochilou, Márcio não saiu e Somália aproveitou para cabecear sozinho, de cara com a meta, empatando o duelo.

O tento desestabilizou a torcida, que passou a perseguir tanto o arqueiro quanto o lateral Bruno. Mas aos poucos a equipe foi se encontrando e chegando pelos francos, que pareciam menos pesados. E depois de uma bela trama de Dill e Paulinho, este entrou em velocidade pela linha de fundo e cruzou na cabeça de Viola que, aos 29, não perdoou e fez seu primeiro gol pelo clube.

Na base do chutão e das bolas paradas, o Grêmio até tentou, mas não obteve êxito em recuperar o resultado – muito embora os erros da defesa tricolor. O maior alívio foi quando Marcus Vinícius pegou um rebote, porém chutou para fora. Nos acréscimos, o adversário ainda perdeu o zagueiro Marcelo Oliveira, expulso ao receber o segundo cartão amarelo, depois de cometer falta violenta.

O próximo compromisso do Esquadrão de Aço é no domingo, pelo Estadual, no Barradão. E entra com moral – pois o rival vem de derrota para o Confiança-SE – a fim de finalmente quebrar um jejum de mais de sete anos sem ganhar no estádio rubro-negro.

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