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Tricolores não conseguem se acostumar com ídolos

Notícia
Historico
Publicada em 4 de setembro de 2007 às 01:46 por Da Redação

No início de 2001, após boa campanha na Copa João Havelange, o torcedor tricolor viu seu mais novo ídolo ser vendido ao Cruzeiro de Minas Gerais. Jorge Wagner apresentara um futebol vistoso, de encher os olhos do mais cético aficcionado pelo Bahia. Sem pestanejar, a diretoria negociou o atleta.

Muda o ano, muda o ídolo, mas não muda a condução da gestão no clube. Na temporada de 2003, o lateral Daniel Alves sai do Bahia por uma bagatela e faz os dirigentes do Sevilla comemorarem como se fosse um título a reduzida quantia gasta na transação. Hoje, o time espanhol só aceita propostas que equivalem a 50 vezes o preço pago ao Esquadrão.

E eis que mais uma vez a história se repete. E se repete. Quando surge um jogador, identificado com o clube e que construiu uma carreira nas divisões de base sendo acompanhado aos poucos pelos torcedores, esperançosos de um dia ver aquele talento desfilando nos gramados profissionais, mais uma vez os tricolores são apunhalados pelas costas.

Danilo Rios, 19 anos. Vejam bem, 19 anos. Um garoto de caráter que não se deixou levar por empresários inescrupulosos, com um talento enorme, maduro, está de malas prontas. Ao que tudo indica, para o Grêmio. Deixando mais uma vez a torcida órfã de ídolos tão identificados com a camisa azul, vermelha e branca.

Em pouco tempo, veremos Danilo conduzindo o tricolor gaúcho a títulos enquanto ao Bahia, se Deus quiser na Série A, chega um caminhão de reservas de times como o… Grêmio. É assim que vamos nos reerguer? Vendendo nossos melhores jogadores? É totalmente improvável que o Bahia volte a impor respeito se não consegue segurar seus melhores jogadores. Ou seja, nos tornamos FORNECEDORES.

Nesse ano foram quatro atletas da base vendidos. Rafael Bastos, Anselmo Ramon e agora Danilo Rios e Ramon Rodrigues. Três deles não completaram 20 anos. Dois deles nem no time profissional jogaram. E, ao que parece, as negociações não irão totalizar 2,5 milhões de reais.

O último momento de emoção do torcedor tricolor foi depois do jogo contra a Ponte Preta na Copa São Paulo de Juniores desse ano. Após a vitória nos pênaltis, vimos os jogadores, jovens jogadores, cantando o hino do Esquadrão e pedindo nos microfones do canal Sportv “respeito à camisa do Bahia”. Um daqueles já se foi. E parece que não veremos muitos deles vestindo pra valer o uniforme que tanto mostraram orgulho. Os tricolores já temem uma precipitada venda do zagueiro Eduardo.

A torcida do Bahia se sente traída. Quando se começa a acreditar no trabalho dentro de campo, a diretoria do clube apronta essa. Essa gestão fez questão de afirmar que os erros do passado não serão novamente cometidos. E agora? Como fica a credibilidade deles? Errar é humano, persistir no erro é burrice.

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