A posição de meia-direita é reconhecida como uma carência do atual elenco do Bahia. Tanto que a direção continua à procura de um jogador dessa posição no mercado. Mas muitos torcedores acreditam que a solução para o problema já está no Fazendão: seria Uéslei. De início, ele afirmava não pensar em deixar o ataque. Porém, seu discurso começa a ficar mais flexível.
Ao ser contratado, em maio, Uéslei fez questão de deixar claro o desejo de atuar como atacante, função que vem exercendo há sete anos. Sua colocação contrariou o discurso do próprio presidente tricolor, Marcelo Guimarães, que afirmou ter trazido o jogador para ser um meia de aproximação.
Uéslei não faz mais que remar a favor da maré. Começou a carreira como volante marcador, quebrou galho na lateral direita, mas deslanchou ao assumir a função de atacante, nesse mesmo Bahia, em 99, por obra e graça do técnico Joel Santana. Na primeira partida, contra o Fluminense, pelo Baiano, fiz três gols. Demorou, mas encontrei a posição onde rendo mais, comenta.
SEM GOLS No entanto, o Pitbull se mostra menos rígido em seus conceitos. Ontem, ele já admitia a hipótese de retornar às raízes, podendo jogar no meio de campo. Mas só em uma situação extraordinária, adverte. Em um caso de emergência, posso fazer a função de quarto homem. Prefiro continuar como estou, no ataque, mas, se o time precisar e o treinador pedir, jogaria no meio de campo, pondera.
A partida de amanhã, contra o Santa Cruz, será a quarta de Uéslei neste segundo retorno ao Fazendão. Contra o Gama, Vila Nova e Vitória, ele ainda não marcou gols, função primordial de qualquer atacante.
A falta de gols foi compensada com atuações satisfatórias, principalmente no Ba-Vi. Porém, Uéslei sabe que nem a condição de ídolo é capaz de blindá-lo contra críticas da torcida, caso persista a seca de gols. No meio das queixas, o clamor para que atuasse na meia se reforçaria. Estou tranqüilo com relação a isso. Tenho certeza de que o gol virá no momento certo, defende-se.
A Tarde
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