O mais recente encontro entre Bahia e Ceará ocorreu no dia 16 de maio do ano passado, pela 4ª rodada da fase classificatória da Série B 2004. Confira a matéria que colocamos sobre o confronto, que provocou uma grande crise no Fazendão – no retorno de Fortaleza, por exemplo, a delegação chegou sob muitos protestos e torcedores com nariz de palhaço:
“Faltavam menos de 15 minutos para o fim da partida deste domingo, disputada no malfadado horário das 11 da manhã. O Bahia não só ganhava do Ceará em pleno Castelão como tinha o jogo nas mãos. Mas o que parecia um sonho, tornou-se pesadelo. Os donos da casa, em dois lances, viraram o placar.
Aos 32 do 2º tempo, Neném deixou o adversário ir até a linha de fundo e cruzar rasteiro para um companheiro na área. Valdomiro, pra variar, chegou atrasado. Pênalti. Paloma bateu no cantinho e empatou: 1 a 1.
Em seguida, a torcida do Vovô ainda comemorava quando, empolgado, o alvinegro nos afundou de vez. Aproveitando a pane geral que se instalara no Esquadrão de Aço, o ex-tricolor Reinaldo Aleluia (Neinha) fez a festa na defesa, driblou dois, passou pelo goleiro Márcio e deixou a Nação Tricolor sem acreditar no que estava vendo.
O duelo, que marcou a estréia de Robert, começou com os cearenses tentando pressionar. Aos poucos, porém, o Bahia foi se encontrando, fechando sua zaga e criando algumas oportunidades.
A boa atuação, não obstante o sol escaldante de Fortaleza, rendeu uma recompensa. Bruno pegou a sobra de um escanteio, invadiu a área e chutou. Marcelo Silva defendeu e, no rebote, aos 35 minutos da etapa inicial, Leonardo apenas teve o trabalho de empurrar para o fundo das redes.
Ainda deu tempo para Neto Potiguar receber de Ari e sofrer pênalti. Robson, contudo, desperdiçou a cobrança e a chance de o Bahia fechar o caixão dos anfitrões.
Na volta dos vestiários, o técnico alvinegro Lula Pereira trocou seus atacantes. O Tricolor escolheu a tática de ficar encolhido e sair nos contra-ataques. Estava dando certo: Valdomiro, de cabeça, por pouco não conferiu. Sem falar na nova oportunidade de ouro que Robson perdeu, cara-a-cara com o goleiro.
Todavia, o Vozão conseguiu se reabilitar, virar o placar e levantar as arquibancadas. Só que mesmo depois dos tentos, o Esquadrão teve excelentes chances para recolocar a igualdade no marcador.
Luís Alberto, que entrou no lugar de Neném, finalizou duas vezes no mesmo lance, de frente para as traves, mas sem sucesso. Ele mesmo, depois de falta ensaiada cobrada por Márcio, aos 47, ainda jogou para fora outro gol feito. Inacreditável.
FICHA TÉCNICA
16/05, 11h00
Local – Castelão, Fortaleza-CE
Bahia – Márcio, Neném (Luís Alberto), Leonardo, Valdomiro e Bruno; Neto, Henrique, Ari e Robert (Ernane); Robson (William) e Neto Potiguar. Técnico: Oswaldo Alvarez
Ceará – Marcelo Silva, Alan, Renato Carioca e Maxsandro; Carabina (Reinaldo), Felipe, Claudinho Baiano, Goiano e Peris; Cléber (Paloma) e Paquito (André). Técnico: Lula Pereira
Gols – Leonardo (35 do 1º tempo), Paloma (32 do 2º) e Reinaldo (33 do 2º)
Árbitro – Cláudio Luciano Mercante Júnior (PE)
Cartões amarelos – Ari, Henrique, Valdomiro e William (Bahia); Marcelo Silva (Ceará). Cartão vermelho – Ari (Bahia)
Renda – R$ 136.672,50
Público – 15.151 pagantes
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