De Daniel Dórea, para o jornal A Tarde desta quarta-feira:
`O penúltimo Réveillon significou uma mudança brusca na vida de Ciro. Em dezembro de 2010, uma hemorragia estomacal levou seu melhor amigo, aos 47 anos.
Carlos Augusto, pai do jogador, era comentarista esportivo na cidade de Salgueiro, interior pernambucano, onde Ciro nasceu e foi criado. Foi daí que surgiu a paixão pelo futebol. Ele fez tudo por mim. Conseguiu me colocar no Salgueiro e depois, quando fiz 16 anos, arranjou um teste no Sport, onde fiquei até o profissional, conta Ciro, que até hoje dorme com o retrato do seu herói na cabeceira da cama.
Mas o maior orgulho do atacante é ter ganho o apelido de Ciro Guerreiro ainda nos tempos de Sport. E um bravo não pode fugir da luta. Hoje, exatos 435 dias após a morte do pai, em duelo contra o Camaçari, em Pituaçu, ele garante que vai jogar bem mais leve.
Mudança de ares
No entanto, admite que 2011 foi quase nulo por conta do drama. Hoje estou bem melhor, mas sofri muito e minha carreira desandou. Chegou uma hora em que ninguém entendia mais a dor que eu continuava sentindo, lembra ele, que precisou tomar uma decisão drástica: Pedi pra sair, pois queria mudar de ares. Aquilo me lembrava muito meu pai. Morávamos juntos e ele ia a todos os meus jogos e treinos. Éramos apegados.
Foi só quando transferiu-se para o Fluminense que Ciro passou a viver com a mãe, Carla, e os irmãos, Caio (25) e Cecília (14). Com o apoio deles, vem tentando se reerguer na carreira após passagem apenas regular pelo Flu. Agora, moram todos em uma confortável cobertura no Alphaville, onde o atleta recebeu a reportagem na tarde de ontem.
Para ficar com a cuca fresca, Ciro tem três hobbies, todos bem comuns aos jogadores. No Playstation, garante que manda ver no game de tiro Call of Duty. Jogo online com Fabinho e Júnior. Eu tô viciado. Acho que sou o melhor dos três, empolga-se, como um guerreiro armado com o joystick na mão.
Outra paixão é carro. Ele tem dois: uma BMW X1 e um Golf GT, que está em Recife. Este último é o xodó. Mandei rebaixar e coloquei roda aro 20, revela o playboyzinho, como é chamado pelos colegas de Fazendão.
Na música, foge ao estilo dos boleiros. Não curto pagode, funk… por isso ando sempre com meu fone. E, nele, toca muita música eletrônica e rocknroll. As bandas preferidas são The Killers, Oasis e Beatles.
Ciro ainda não sabe se, diante do Camaça, atua ao lado de Souza ou fica no banco para Júnior jogar. No IPad, estará tocando Wonderwall, maior sucesso do Oasis, que começa dizendo: hoje é o dia. O garoto já sonha com seu primeiro gol em casa para lavar a alma com a torcida tricolor.´
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