Apesar do empate de domingo com o Internacional, quebrando a sequência de dois triunfos seguidos diante da torcida, o Bahia pode se inspirar em simples, porém importantes ingredientes para o confronto desta quinta-feira, contra o Palmeiras, às 21 horas, no Canindé.
Além de o rival vir de quatro partidas sem vencer e o Tricolor ter campanha bem razoável como visitante neste Brasileiro, o Esquadrão de Aço levou a melhor no último encontro com o alviverde, inclusive disputado na capital paulista, e também ganhou na última oportunidade em que pisou no gramado do estádio de propriedade da Portuguesa, na marginal Tietê.
APERITIVO 1
O mais recente duelo com o Palmeiras aconteceu em 2002, ano do rebaixamento adversário –na temporada seguinte, foi a vez de o Bahia cair, só voltando agora à elite do futebol nacional.
Naquela temporada, os comandados de Candinho aproveitaram a péssima fase palestrina e venceram por 2 a 1, com direito a gol aos 43 minutos do segundo tempo, após jogada de um então garoto Daniel Alves, atualmente estrela do Barcelona e da seleção.
O lateral direito puxou pelo meio e deu um ótimo passe para o camisa 10 Geraldo, que já estava com os dois braços levantados pedindo a bola. Depois de receber na esquerda, ele dominou e chutou forte, no ângulo superior direito de Marcos, fazendo um golaço e ao mesmo tempo justiça no placar do Parque Antártica em função da bela atuação azul, vermelha e branca.
O primeiro gol saiu aos 14 minutos da etapa inicial, graças a uma cobrança de falta ensaiada. Geraldo rolou da direita para o meio da área, onde surgiria Gil Baiano, que, de primeira, fuzilou no canto esquerdo do goleiro que havia acabado de ser penta mundial no Japão.
O zagueiro Alexandre tinha sido o responsável pelo empate dos donos da casa, de cabeça. A curiosidade é que, assim como agora, o Tricolor vinha de uma igualdade em 1 a 1, com um representante gaúcho (Grêmio), em Salvador… Relembre as escalações:
BAÊA: Emerson, Daniel, Marcelo Souza (Accioly), Valdomiro e Calisto; Carlinhos, Bebeto Campos, Ramos e Geraldo; Gil Baiano e Nonato (Kena). Técnico: Candinho.
PORCO: Marcos, Léo, César, Alexandre e Rubens Cardoso; Paulo Assunção, Flávio (Juninho) e Zinho; Dodô, Muñoz e Nenê. Técnico: Levir Culpi.
Ao todo, porém, o retrospecto geral é favorável ao Palmeiras, que ganhou 16, empatou sete e só perdeu oito na história do campeonato, desde 1968. Antes dos 2 a 1 de 2002, o último triunfo do Esquadrão havia sido registrado em 1990, também sob o comando de Candinho, com o mesmo placar e com o mesmo Palestra Itália de cenário. Reviva os gols de Charles e Naldinho:
Na campanha do bi-brasileiro, a brocada foi por 1 a 0, na Fonte Nova, gol de falta de Pereira:
Um ano antes, 2 a 0 na Fonte, um deles sensacional de Cláudio Adão:
APERITIVO DOIS
Para completar o panorama, que venha o Canindé. A última presença do Bahia na arena aconteceu no dia 28 de agosto de 2010 e uma enorme torcida tricolor nas arquibancadas
viu a equipe de Márcio Araújo entrar na zona de acesso da Série B para não mais sair.
Estávamos na 17ª rodada da competição, exatamente como agora.
Foi a primeira vez que ganhamos da Portuguesa em todos os tempos na maior cidade do país. E mesmo após começar atrás do marcador, pois Zé Carlos abriu o escore aos 21 minutos do primeiro tempo. Logo em seguida, contudo, Alison empatou e Jael iniciou o seu show particular aos 3 da etapa final. O hoje flamenguista ampliou aos 13, a Lusa esboçou uma reação aos 22, mas Jael fechou o caixão aos 40, para a festa ser concluída em grande estilo e deleite próprios no restaurante de comida nordestina que fica ao lado do local. Nome? “Galinhada do Bahia”.
BAÊA: Renê, Jancarlos, Alison, Nen (Vagner) e Ávine; Fábio Bahia, Bruno Octávio, Morais, Rogerinho (Leandro) e Vander (Adriano); Jael. Técnico: Márcio Araújo.
LUSA: Weverton, Domingos, Maurício e Thiago Gomes; Paulo Sérgio, Acleisson (Henrique), Heverton (Malaquias), M. Antônio e Fabrício; Luís Ricardo (Ronaldo) e Zé Carlos. Técnico: Vadão.
No vídeo abaixo, é possível ter noção do tamanho da Nação no estádio:
Que as coisas se repitam na quinta. Vai pra cima deles, Esquadrão!
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