De Eliano Jorge, no jornal A Tarde deste domingo:
“O Bahia não vence o Vitória há um ano e três meses, ou cinco clássicos. Dos últimos 18 Ba-Vis, só ganhou dois, empatou oito e perdeu oito. No entanto, detém atual vantagem justamente onde mais sofreu, no Barradão, cenário de hoje. Dos quatro mais recentes duelos lá, venceu uma metade e empatou na outra.
É uma campanha surpreendente para um clube que, em 34 visitas, sofreu 21 derrotas 61,76% dos jogos. Venceu cinco vezes e obteve oito empates. Seu aproveitamento não passa de 22,5% dos pontos, contra 69,6% do dono da casa nos clássicos.
De 1998 a 2006, o tricolor amargou jejum com 15 derrotas e três igualdades. O Bahia é o time que mais jogou e o que mais perdeu (na Toca), calculou o pesquisador rubro-negro Alexandro Ribeiro, co-autor do livro Barradão Alegria, Emoção e Vitória, junto como Luciano Santos, em 2006.
Completando o fim da lógica doméstica nos últimos Ba-Vis, o Vitória manteve-se invencível nos nove mais recentes clássicos fora do seu Barradão. Registra quatro triunfos e cinco empates desde 2004.
Ribeiro descobriu que, hoje, acontece a 400ª partida oficial do Leão no seu estádio. Apontou que, dos 399 compromissos, o rubro-negro venceu 257, empatou 77 e perdeu 65, marcando 890 gols e tomando 410. Este arsenal numérico representa 70,8% dos pontos possíveis. Em Estaduais, são 80,7%.
HISTORIAL O Bahia domina largamente o retrospecto histórico. Mas tem cedido espaço. As estatísticas de Alexandro Ribeiro comprovam a supremacia recente do Leão.
Nos últimos 20 clássicos, o Vitória prevalece com saldo de seis triunfos. Nos 50 mais, o lucro se repete. Nos cem derradeiros, são 11. Se vencer hoje, o rubro-negro assume a dianteira na lista dos 150 últimos.
Se formos marcar a reviravolta na história dos Ba-Vis, esse ano seria 1994. De lá até hoje, foram realizados 81 jogos, com 35 vitórias rubro-negras, 25 empates e 21 vitórias tricolores, destacou Ribeiro.
Naquele ano, o Leão impôs duas goleadas de 4 a 0, mas perdeu o Campeonato Baiano com o eterno gol de Raudinei, aos 46 minutos do segundo tempo daquele Ba-Vi decisivo.
Levantamento de A TARDE, em 2007, catalogou 410 clássicos, com 166 triunfos do Bahia, 119 do Vitória, 125 empates, 567 gols tricolores e 464 gols rubro-negros.
O Bahia permaneceu imbatível por 19 Ba-Vis, entre 1981 e 85, com oito vitórias e 11 empates. A mais longa invencibilidade do Vitória durou 12 clássicos, com sete triunfos e cinco igualdades, de 1965 a 69.
O artilheiro do Esquadrão de Aço em Ba-Vis, Carlito, com 21 gols, é também o recordista do clube. Atuou nas décadas de 1950 e 60. Juvenal, o goleador do Leão em clássicos, balançou a rede do arqui-rival 25 vezes, entre os anos de 1940 e 50.
A maior goleada tricolor, 10 a 1, em 8 de dezembro de 1939, ocorreu no dia da festa da Conceição da Praia, celebrando a padroeira de Salvador. O mais elástico placar rubro-negro, 7 a 1, ocorreu em 2 de julho de 1948, comemoração da Independência da Bahia”.
comentários
Aviso: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do ecbahia.com.
É vetada a inserção de comentários que violem a lei, a moral, os bons costumes ou direitos de terceiros.
O ecbahia.com poderá retirar, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios
impostos neste aviso ou que estejam fora do tema proposto.