Parafraseando o célebre escritor colombiano Gabriel García Marquez, a parceira entre Bahia e Rhumell foi como uma crônica de morte anunciada. Assim, depois de muita polêmica e promessas não cumpridas, após principalmente pressão da torcida e do próprio ecbahia.com.br, o clube divulgou nota oficial, na tarde desta terça-feira, finalmente encerrando – ao menos aparentemente – o conturbado assunto, confira:
“Em 18 de março de 2005, o Esporte Clube Bahia S/A pôs fim às negociações mantidas com a empresa Rada e Paula, licenciada da Rhumell, que objetivavam a celebração de contrato de fornecimento de material esportivo. O Esporte Clube Bahia S/A, após análise da proposta, entendeu por bem não concretizar a parceria”.
O detalhe é que pelo discurso do Tricolor, parece que o problema nada teve a ver com o enorme atraso na entrega do novo padrão da equipe. Aliás, a assessoria de imprensa do Esquadrão já anunciava que estava tudo certo desde o fim do ano passado. Algo deveras estranho.
O que se sabe é que a empresa, cuja reputação não é a mesma de outrora (hoje responde processo na Justiça, teve seu site bloqueado na Internet e até já assumiu publicamente responsabilidade na confecção de camisas do Joinville com grafia absurda), mandou um primeiro lote de uniformes ao Bahia contendo graves erros. Além de uma tonalidade de azul mais clara – celeste -, “esqueceu” de colocar as famosas estrelas douradas, acima do escudo, referentes ao bicampeonato brasileiro 1959/88.
Fica, então, a pergunta: Será que até a estréia na Série B do Brasileiro, torneio em que vai ter todos os seus jogos televisionados, o Bahia estará trajando um uniforme condizente com suas tradições? Enquanto isso, os jogadores seguem entrando em campo com uma quantidade reduzida de camisas da ex-fornecedora Penalty, bastante criticadas, com pintura por cima do antigo patrocinador, remendos e afins, inclusive na numeração de trás. Lastimável.
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