Minutos depois do segundo 3 a 0 sofrido pelo Bahia em pleno quadrangular final, quinta-feira à noite, já não faltavam tricolores ventilando a hipótese. Juvenis domingo e Ávine e Marcone reforçando o time júnior no Barradão, logo sugeriu o torcedor Rafael Kafka, numa lista de discussão sobre o clube na internet, referindose à partida contra o Vitória da Conquista e ao Ba-Vi decisivo pelo Estadual sub-20.
Por e-mail, Alexandre Teixeira fez questão de relembrar o sétimo verso do hino azul, vermelho e branco justo aquele que vem antes da repetição Bahia, Bahia, Bahia! , para brincar com a situação: Vamos, conquista mais um tento….
E, pelo que se tem verificado em enquetes nos diversos veículos de comunicação, além das roda de conversas pela cidade, a opção de o Esquadrão entregar o jogo para o Bode, impedindo o título do rival, é aceita pela grande maioria da torcida. Também pudera, diriam alguns. Apesar de ainda ter chances de levar o caneco, qualquer triunfo do Vitória, diante do Itabuna, lhe obrigará a bater o líder por nada menos que três gols de diferença.
Nem os mais otimistas descartam a facilitação. É simples. No primeiro tempo, o negócio é jogar pra cima sem parar. Aí, no intervalo, ver como anda o outro confronto. Caso as coisas estejam desfavoráveis, a gente abre as pernas pro Conquista, idealiza Douglas Verli, tricolor que mora nos Estados Unidos. Um dos blogueiros do baheaminhaporra.com, Marcos Carneiro assina embaixo: Eu acredito! É ganhar de cinco ou perder de um. Empatar jamais!.
No Alto de Itinga, claro, ninguém fala abertamente sobre o assunto. O discurso oficial oscila do antigo não tem nada perdido para o desgastado enquanto há vida, há esperança.
Procurado pela reportagem, o ex-presidente Paulo Maracajá garantiu ser contra a história. Não penso nisso, não… O Bahia tem que ganhar o jogo, independente do resultado do Vitória, e honrar a tradição do clube, afirmou, reforçando que não existe hipótese de armação e destacando que os grapiúnas vão jogar para valer no estádio rubronegro. O Itabuna tem chances de ser campeão. E, mesmo que não haja empate em Camaçari, se ele vencer será vice e estará na próxima Copa do Brasil.
O Correio da Bahia, por sua vez, questionou o diretor de futebol Ruy Accioly, cuja resposta estava na ponta da língua afiada. Isso é o fenômeno Cariacica. A referência à cidade do Espírito Santo remonta ao ano de 1996. Rodada decisiva do Campeonato Brasileiro da saudosa Série A e o Bahia ficaria refém do Vitória em caso de derrota para o Flamengo, no Rio de Janeiro.
Mesmo ciente da chance de rebaixar o rival, o então presidente Paulo Carneiro aceitou o pedido do Fluminense para mudar a partida de Salvador para o interior capixaba. Resultado: Vitória 1×3 Fluminense, que só não rebaixou o tricolor por causa do gol solitário do atacante Edmundo, Bahia 1×0 em São Januário. Eles perderam para rebaixar o Bahia, mas isso nós não vamos fazer, completou Accioly.
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