Embora a diretoria tricolor tenha divulgado nota intitulada “Primeiro mês tem saldo positivo” se referindo ao projeto Nasceu para Vencer, a análise fria dos números provoca uma conclusão diferente. A campanha, que continua sem reabrir o quadro social do clube (conforme prometido), anunciou neste sábado que duas mil moedas e 1.018 camisas foram vendidas em fevereiro, o que dá aproximadamente R$ 35.500 de arrecadação total. Como o Bahia só fica com algo em torno de 23% da receita, seu departamento de futebol profissional, destinatário dos recursos, recebeu apenas cerca de R$ 6.500.
Chama a atenção o fato de que, há algumas semanas, o diretor de marketing tricolor, Marco Costa, afirmava: “Nossa meta é vender 5 mil camisas e 25 mil moedas por mês, o que renderia ao Bahia uma receita líquida de R$ 240 mil nos quatro meses do projeto. Isso demanda uma logística grande, que estamos incrementando a medida que a adesão do torcedor cresce”. O discurso atual, porém, é outro: “Lançamos o projeto no dia 5 e o Carnaval começou no dia 23. Foram, portanto, 18 dias efetivos de venda, já que durante a folia muitos dos nossos pontos de comercialização não funcionaram e não fizemos ações diretas com o torcedor. Nesse contexto, foi um resultado satisfatório”.
E o cartola finalizou: “O Nasceu para Vencer é também uma campanha institucional, que vem colocando a marca Bahia em evidência através da publicidade feita em rádio, e cujo custo está incluso no nosso orçamento”.
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