Vinda de Lulinha se complica e clube já vê plano B

De Daniel Dórea, no jornal A Tarde deste sábado de Carnaval:

“Ainda não dá para dizer que o caso Lulinha virou novela no Bahia, mas já é o início de uma minissérie, que teve mais um capítulo na tarde da sexta-feira, 4.

Em contato por telefone com a reportagem, o empresário do meia, Wagner Ribeiro, confirmou que a negociação está emperrada no Parágrafo 1º do Artigo 37 do regulamento geral das competições da CBF. Segundo a lei, “um clube somente poderá receber até três atletas transferidos de outros clubes da mesma série, no mesmo campeonato”.

Como o Tricolor já conta com os corintianos Dodô, Boquita e Souza, Lulinha não poderia vir. E, pelo que informa Ribeiro, as soluções pensadas até então não são viáveis. “Tínhamos pensado em passar os direitos dele para o Desportivo Brasil – clube da Traffic, que detém os outros 50% do passe do meia – e emprestá-lo para o Bahia. Porém, isso não daria certo nem é legal porque seria o Corinthians que iria pagar o salário”, explica.

Apesar de achar que a negociação ficou “muito difícil”, o empresário garante ainda não ter desistido. “Estamos pensando em outra estratégia. O Lulinha está em Portugal [onde defende o Olhanense, por empréstimo], mas quer jogar no Bahia. Já fez até as malas”.

Interpretações diferentes

Sobre a regra, o advogado Ruy João faz outra leitura: “Esse artigo cai em interpretação, e a minha é de que o veto cabe apenas depois do início da competição citada”.

Manfredo Lessa, também especialista em direito esportivo, pensa da mesma forma: “Neste caso, a lei não se aplica, pois o Campeonato Brasileiro ainda não começou”.

Pedro Ken

Sem Lulinha e Ananias, emprestado para a Portuguesa, o Esquadrão pode buscar outro atleta para o setor. Um nome é o de Pedro Ken, que está insatisfeito com o banco no Cruzeiro e demonstrou interesse em vir. “

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